domingo, 31 de dezembro de 2006

Feliz Ano novo!

Contos para ler ouvindo música

Foi este o meu presente de amigo oculto. Acho que tenho mais sorte que a maioria nestas brincadeiras...Ainda não comecei a ler mas ainda termino antes da virada. Está aqui o brother da Sônia Sant'Anna, o Sérgio Sant'Anna com o conto Composição I. Já vou direto nele, Sônia!
Acho que dá para ler os nomes dos autores aí na capa, muitos são realmente ligados à música, Tony Bellotto, Aldir Blanc, L. F. Veríssimo.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Boas Festas

Desejo boas festas a todos vocês. Obrigada por lerem o meu blog.
Abraços!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Olho por olho

"Olho por olho torna o mundo cego."

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Veiled meanings

Numa tradução muito livre: Eu gostaria de viver no oeste....Ser travesti aqui não está com nada.

Retirei este cartoon da revista Bitch - Feminist response to polp culture. Winter 2005.

Goiás Velho



Uma cidadezinha que eu adoro, Goiás velho. Estas fotos eu tirei em agosto de 2003. Já estive lá muitas vezes. Uma vez tinha um doido muito engraçado na praça, decidiu que ia 'vigiar' o nosso carro, nós andamos pela cidade e depois fomos beber num bar em frente à praça, o doido, pensando, que já íamos embora, foi correndo entusiasmado para o lado do carro, quando viu que nós estávamos tranquilos bebendo, começou a repetir: 'Até que horas que eu vou ter que vigiar essa furreca?' Todo mundo morria de rir e o doido, feito criança, encorajado pelas risadas, continuava soltando outras, chamando um dos meus amigos de boiola, por exemplo.

Como todo mundo deve saber em Goiás velho tem a casa da Cora Coralina, eu gosto da casa. Da escritora, infelizmente, não conheço muita coisa. Tinha um professor de literatura meio 'malvado' que dizia que ela era melhor doceira do que poeta.

Meu fotolog

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Erotic Stories by women, resenha minha no RoseLivros.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Há muitos anos, nem sei dizer quantos, não participava de um ‘amigo secreto’. Nunca vi isso fora do Brasil, lá nos Estados Unidos tem umas brincadeiras de final de ano, mas é um pouco diferente, a gente tem que comprar um presente, todos colocam os presentes em um canto, uma pessoa escolhe um dos presentes, outro escolhe outro e, se não gostar, pode tentar trocar com outra pessoa. Assim vai...Não me lembro bem como é, na verdade. Na Bélgica também não havia amigo invisível. Pois este ano, estou em um e ontem fui cuidar do presente, como minha amiga invisível (ou secreta, sei lá) é professora eu decidi não pensar muito e comprar um livro. Ela TEM que gostar de livros. Foi então que percebi, o povo tem mesmo razão de reclamar dos preços de livro no Brasil. Eu compro bastante em sebo, quando é pra mim, pra presente não dá, claro. Quando a gente quer uma edição mais bonitinha os preços são salgados, difícil encontrar qualquer coisa por menos de 40 reais. Na verdade, nem é edição tão bonitinha assim. Eu queria aproveitar para comprar também um para minha irmã, irmão, sobrinha, etc. É caro. Ok, outras coisas também são caras. Talvez, seu eu tivesse entrado no Boticário ia sair do mesmo tamanho, pode ser. Mas ia ser bom se livro fosse mais barato, não ia? E tem mais! Eu queria ler o livro novo da Cíntia Moscovich (self-presente), o Por que sou gorda, mamãe? Olhei daqui, olhei dali e não achei, achei foi uma vendedora bastante ocupada. Eu estava com pressa porque queria ver um filme, já tinha até comprado a minha entrada, daí perguntei para a moça onde eu podia achar os livros da C. Moscovich, ela me olhou como a dizer: Cíntia WHO? Eu não a culpo, sinceramente. Só que ela saiu dizendo, volto daqui a pouco pra lhe ajudar e nunca voltou. Quer dizer, pelo menos não antes de dar a hora do meu filme e eu paguei os livros que eu já tinha escolhido e fui embora ver o Filhos da Esperança.
Eu não gostei muito deste título Por que sou gorda, mamãe?, mas parece que o livro é bom, engraçado e tem muito da cultura judaica, isso me interessa.

O filme Filhos da Esperança é baseado na obra de P. D. James, levemente baseado, ao que parece. Eu entrei no cinema no escuro, não que eu tenha chegado atrasada, quero dizer que não sabia absolutamente NADA do filme. Sabe aqueles dias que a gente decide: “Hoje eu vou ao cinema!” Foi assim. E não tinha muita escolha, daí vi os nomes de Michael Caine e Julianne Moore. Gosto dos dois, decidi. O filme é muito interessante, mas quando cheguei em casa li um pouco sobre ele na internet e vi muita gente dizendo que é perfeito. Perfeito eu não achei, achei até meio confuso em algumas partes. A ação se passa no futuro, um futuro sem crianças, por alguma razão as mulheres não podem mais ter filhos. O garoto mais jovem do mundo é um argentino de 18 anos. Era, porque nas primeiras cenas do filme esse garoto é assassinado por um fã o que causa uma comoção internacional. O filme é dirigido por Alfonso Cuarón, o mesmo que fez "E Tua Mãe Também". Nada mal como como referência.
O ano é 2027 e o cenário é Londres. Uma Londres suja, feia onde os ilegais são tratados como animais, postos numas gaiolas e enviados para campos de concentração. Nem tudo é tragédia, porém, no meio do caos, uma moça aparece grávida dando nova esperança para a perpetuação da espécie.
Uma coisa engraçada, eu imaginava que P. D. James fosse um homem. Sempre ouvi o nome, nunca li....Santa ignorância! Só agora percebi que se trata de uma mulher e que ela resolveu enviar seu manuscrito a uma editora assinando só com essas iniciais justamente para criar confusão. E, vejam, está criando até hoje.
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E escrevi "homem" porque se às 10 semanas já são crianças, aos 4 anos (+ 9 meses) estão bem em idade de serem perigosos violadores.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Clarice Lispector (1920-1977)


morte 09/12/1977

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Eu escrevo simples. Eu não enfeito.
Clarice Lispector
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Curiosidades:

Clarice traduziu para língua portuguesa falada no Brasil, em 1976, o livro Entrevista com o Vampiro, da autora estadunidense Anne Rice.

Fonte: Wikipedia
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

RoseLivros.

Comentário meu no RoseLivros.

E também no Rose:

Retrato do artista quando velho. Resenha de Claudinei Vieira - Desconcertos.

Lasar Segall por Vera do Val - Rose Rose Rosebud.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006


Segunda-feira, chuva lá fora, uma p. dor de cabeça desde ontem...e as moscas volantes na frente dos olhos. O domingo foi tão bonito...

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No Briteiros:

Pinochet já recebeu a extrema-unção

E "prontos", fica tudo perdoado...

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Cenas de rua

1-O vendedor de redes parou, jogou as redes no chão e disse: Olha, eu tô cansado dessa rotina, viu? Todo dia uma cidade diferente.

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2-Então, amanhã também tem, é, amanhã vai ser ótimo, você tem que ir. Isso, vai sim. Escuta, você não tem uma ovelhinha pra levar não?

[Ovelhinha???? Acredite, eram duas religiosas conversando....]

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No RoseLivros:

A Presidência Lula - Passos e Tropeços por Aluízio Alves Filho – Revista Achegas

'Point to Point Navigation': luminar desdenhoso ofusca astros por Janet Maslin - The New York Times. Tradução: George El Khouri Andolfato.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Cadê os plural?

Ricardo Freire in: Revista Época, 21 de Fevereiro de 2005.

É só impressão minha, ou está cada vez mais difícil ouvir plurais ortodoxos? Aqueles de antigamente, arrematados com um "s" - plurais tradicionais, quatrocentões? Os plurais agora estão cada vez mais enrustidos, dissumulados, problemáticos. Cada vez menos plurais são assumidos. Os plurais agora precisam ser subentendidos.
Verdade seja dita: não somos os únicos no mundo a ter problemas com a maldita letra "s" no final das palavras. Os franceses, debaixo de toda aquela empáfia, há séculos desistiram de pronunciar o "s" dos plurais. No fracês oral, o plural é indicado pelo artigo, e pronto. Ou seja: eles falam "as mina" e "os mano" desde que foram promovidos de gauleses a guardiães da cultura e da civilização.
Os italianos também não podem com a letra "s" no fim das palvras. Fazem seus plurais em "i" e em "e" dependendo do sexo, ops, do gênero das palavras. Quando a palavra é estrangeira, entretanto, eles simplesmente desistem de falar no plural: decretaram que termos forasteiros são invariáveis, e tudo bem. Una foto, due foto; una caipirinha, quattro caipirinha. Quattro caipirinha? Hic! Zuzu bem!
Os alemães, metódicos que só, reservaram o "s" justamente a esses vocábulos estrangeiros que os italianos permitem que andem por aí sem plural. Com as palavras do seu próprio idioma, no entanto, os alemães são implacáveis. As palavras mais sortudas ganham apenas um "e" no final, mas as outras são flexionadas com requintes de tortura - com "n" (!) ou com "r" (!!), às vezes cem conjunto com um trema (!!!) numa vogal da penúltima sílaba (!!!!), só para infernizar a vida dos alunos do Instituto Goethe ao redor do planeta.
Práticos são os indonésios, que formam plural simplesmente duplicando o singular: gado-gado, padang-padang, ylang-ylang. Pelo menos foi isso que eu li uma vez. (Claro que não chequei a informação. Eu detestaria descobrir que isso não é verdade.) Já pensou se a moda pega aqui, feito aquele pavoroso cigarro de cravo? Um chopps e dois pastel-pastel.
Nem mesmo nossos primos de fala espanhola escapam da síndrome dos comedores de plural. Os andaluzes e praticamente todos os latino-americanos também não são muito chegados a um "s" final. Em vez do "s" ríspido e perigosamente carregado de saliva dos madrilenhos (que chiam quase tanto quanto os portugueses) , eles transformaram o plural num acontecimento sutil, perceptível apenas por ouvidos treinados. Em Sevilha, Buenos Aires ou em Santo Domingo, o "s" vira um "h" aspirado - lah cosah, lah personah, loh pluraleh.
Entre nós, contudo, a mutilação do plural não tem nada a ver com sotaques ou incapacidade de pronuncia fonemas. Aqui em São Paulo, a falta de "s" é um fenômeno sociocultural. Os pobres não falam plural por falta de cultura. Da classe média para cima, deixamos o plural de lado quando há excesso de intimidade. É como se o plural fosse algo opcional, como escolher entre "você" e "senhor". Se a situação exige, você vai lá e aperta a tecla PLURAL. Se a conversa for entre amigos, basta desligar, e os esses desaparecem em algum ponto entre o cérebro e a boca.
O que se deve fazer? Uma grande campanha educativa, com celebridades declarando que é chique falar os plurais? Lançar pagodes e canções sertanejas falando da dor-de-cotovelo causada por não usar "s" no final das palavras? Ou contratar um grupo de artistas alternativos para sair pichando nos muros por aí uma mensagem persuasiva? Tipo assim: OS MANOS E AS MINAS?

domingo, 26 de novembro de 2006

Olhos


Meus olhos e as Moscas volantes

“Moscas Volantes, ou muscae volitantes (Latim: "moscas esvoaçantes"), são fenômenos entópticos caracterizados por formas semelhantes a sombras que aparecem sozinhas ou junto com muitas outras no campo visual do indivíduo. Eles podem ter a forma de pontos, linhas, ou fragmentos de teias de aranhas, que flutuam vagarosamente em frente aos olhos.”
Eu nunca tinha ouvido falar disso na minha vida e eis que, há uma semana eu estava conversando com alguém quando de repente senti a presença de algo no meu campo visual, esfreguei os olhos, eu estava com minhas lentes de contato, poderia ser uma poeirinha, um fio minúsculo, quem usa lente sabe que tudo incomoda. Não saía dali a tal coisa. Tirei as lentes e botei os óculos, os tais pontinhos continuavam ali. Pensei que talvez as lentes tivessem machucado um pouco meu olho, embora eu não estivesse sentindo nada. Decidi esperar até o dia seguinte. Acordei e tudo estava do mesmo jeito. Então decidi que precisava de um oftalmologista. Ele me examinou por bastante tempo e disse que o que eu tinha era um problema no ‘vítreo’ e soltou a palavra ‘teia de aranha’. Ainda vou fazer outros exames, mas vim aqui na internet procurar informações com estes poucos dados de que dispunha. Li tudo o que achei em português e inglês...parece que é isso mesmo que eu tenho, os pontinhos, ou teinhas ou ‘moscas esvoaçantes’. De quebra descobri que o míope tem uma predisposição ao descolamento da retina. Aviso aos navegantes míopes, exame todo ano.

“As moscas volantes estão suspensas no humor vítreo, o fluido viscoso ou gel que preenche o olho.” Curioso o nome, curiosa a coisa. Esse ‘humor vítreo’ eu achei até bonito.

Ao que parece eu vou me acostumar com essa ‘sombrinha’ sempre aqui, logo vou saber mais.

As informações que colei aqui foram retiradas do Wikipedia.
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"O livro "And Tango makes three" é baseado na história real de dois pingüins machos do zoológico do Central Park, em Nova York, que criam um filhote de um ovo fertilizado. As aves fizeram um ninho, chocaram o ovo por 34 dias e formaram uma família com o bebezinho Tango.A história dos pingüins, que já serviu de piada num episódio da série Will and Grace, virou livro infantil, que não foi bem recebido na cidade de Shiloh, nos Estados Unidos. Muitos pais estão aborrecidos com o acesso do livro aos filhos, e com a relutância dos administradores das escolas em restringir sua circulação." (Continua...)
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quinta-feira, 23 de novembro de 2006

[Fraseologia das tragédias gregas]

"...aumentar o número de seus anos é aumentar o número de seus infortúnios."

"O bem mais desejável é inacessível ao homem porque é jamais ter nascido. E o segundo é retornar o mais breve possível para lá de onde se veio."

[Fraseologia das tragédias gregas]

Retirado de cronopios

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

sábado, 18 de novembro de 2006

Bélgica x 2 ?

Artigo de José Ramos, Retirado de Briteiros (Segunda-feira, Outubro 09, 2006)

Os quase três anos que passei na Bélgica serviram-me para passar de um estado de incompreensão sobre as rivalidades comunitárias no país para um estado de incompreensão sobre a existência do próprio país.Dois exemplos para ilustrar o que quero dizer: uma colega americana colocava os sacos do lixo à porta e ninguém os recolhia. Após uma aturada pesquisa descobriu que, como morava numa região flamenga, os sacos do lixo não podiam ter escrito “saco do lixo” em francês. Quando um polícia de origem flamenga me estendeu uma multa de estacionamento escrita em neerlandês, recusei. Acabou por confessar que não sabia escrever francês e pediu-me para que eu redigisse a minha própria multa (!?). Recusei de novo e poupei 250 francos.Como é que o País funciona? Não funciona. Há governos regionais, parlamentos regionais, partidos regionais e quase nada nacional. Duas instituições ainda os vão unindo: o Rei e a selecção de futebol. Só que o Rei tem cada vez menos importância e começa a ser contestado e a equipa de futebol começa a ser um problema porque, só podendo jogar 11 de cada vez, é difícil assegurar a paridade linguística.Ontem houve eleições locais na Bélgica. Como se esperava, a extrema-direita aumentou a votação um pouco por todo o lado na Flandres. Só não conquistou Câmaras porque os outros partidos formaram coligações a que chamam “cordão sanitário”. A extrema-direita belga não é só fascista e xenófoba, é também separatista. Não se sabe por quanto tempo o “cordão sanitário” vai aguentar. Os problemas continuam todos lá e entre histórias de corrupção, manobras politicas e rivalidades regionais, os eleitores vão deslizando para a extrema-direita e, a continuar assim, nas legislativas do próximo ano não há cordão que lhes valha. Isto poderá significar que o próximo País a entrar na UE não será a Croácia ou a Turquia ou até a Ucrânia mas a Bélgica vezes dois. Será, então, interessante ver como é que a UE vai lidar com o assunto e, sobretudo, o que vai fazer com uma Flandres governada pela extrema-direita.Ainda não chegámos lá mas também já estivemos mais longe.Vejamos contudo as coisas pelo lado positivo: pode ser que a selecção portuguesa de futebol possa ter que enfrentar duas selecções fraquinhas em vez de uma mediana.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006


Olá, pessoal! Meu blog ficou tanto tempo abandonado, não vai ser fácil limpar a poeira acumulada...mas já volto. Abraços.

PS: Quanto ao artigo de Emir Sader devo dizer que eu tampouco gostei do artigo dele, o que é estranho não é o artigo, é a sentença. Continuo achando estranha, me desculpem. Por muito menos que isso a Veja e cia saem gritando 'Censura!' 'Censura!' Ok, o artigo de Saber é uma lástima, uma pobreza, interpretou com quis a palavra 'raça', concordo com tudo isso, mas não há nada ali que não tenhamos lido em outros lugares, na coluna daquele cara da Veja que já não leio faz tempo e nunca vi um tal escândalo, ou melhor, uma tal sentença. Honestamente lembra maccartismo.
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A jovem Marguerite Duras e a verdade sobre seu amante e Morte em Veneza no RoseLivros.

domingo, 5 de novembro de 2006

Old Boy


A vantagem de não se viajar em feriado é ver um daqueles filmes que a gente tem na lista e nunca acha tempo...ou vários deles de uma só vez. Eu vi, finalmente, OLD BOY, um filme de 2003. Adorei o filme, mas eu não preciso de muito para gostar de um sobretudo se estiver fazendo um friozinho. Esse OLD BOY é bem maluco, muito mais do que eu imaginava ou do que a sinopse fazia acreditar. Um homem é sequestrado e fica preso e só durante 15 anos...q u i n z e. Um belo dia, quando está quase conseguindo fugir, é libertado sem mais nem menos. Recebe um celular e dinheiro de um mendigo, logo uma chamada lhe propõe um jogo, que ele descubra, por ele mesmo, a razão da sua prisão.
Old Boy é um desses filmes cheio de surpresas, em que é melhor ficar muito atento aos detalhes, o próprio diretor Park Chan-Wook disse que fez um filme para ser visto e revisto. Isso não significa, claro, que não é possível compreender o filme numa vez. é um filme intrigante, com cenas ora bonitas ora muito estranhas, dessas que ficam na nossa cabeça. Ele recebeu o Grand Prix em Cannes em 2004 quando Tarantino presidiu o Juri.


quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Relações perigosas no RoseLivros por Claudinei Vieira Desconcertos

“Relações Perigosas” é um verdadeiro tratado de maquiavelismo pessoal e social. Os personagens principais, o Visconde de Valmont e sua amiga/amante/adversária Marquesa de Merteuil possuem um único propósito na vida: brincar com os sentimentos, a vida e os destinos das pessoas que, por azar, estejam sendo alvo dos seus interesses.”

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Gostei deste texto que li no Digestivo Cultural -
`Eu montei um blog porque gosto de escrever e – isto é difícil admitir – de ser lido. Não sinto aquela compulsão, aquela obrigação quase fisiológica, da qual alguns artistas reclamam. Nem acho, aliás, que estou fazendo alguma coisa muito importante ou que tenho opiniões muito originais. Simplesmente acho legal. Acho divertido ir ao cinema, ler um livro, almoçar num restaurante, viajar, assistir a um jogo de tênis, e depois escrever alguma coisa sobre o assunto`
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Essa que eu achei no Briteiros é ótima: Fátima por procuração
Se você fez promessa de ir a Fátima e agora não se sente em condições de ir é só contratar esse 'pagador de promessas' por 2.500 euros ele fará o caminho por você, está tudo explicado aí no site dele em português, inglês, francês e espanhol.

domingo, 29 de outubro de 2006

Ana Cristina César (1952-1983)



Um Beijo

que tivesse um blue.

Isto é

imitasse feliz a delicadeza, a sua,

assim como um tropeço

que mergulha surdamente no reino expresso

do prazer.

Espio sem um ai

as evoluções do teu confronto

à minha sombra

desde a escolha

debruçada no menu;

um peixe grelhado

um namorado

uma água

sem gás

de decolagem:

leitor embevecido

talvez ensurdecido

"ao sucesso"

diria meu censor

"à escuta" diria meu amor

Ana Cristina César, morreu no dia 29 de outubro de 1983.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Enfim

Estou contente de ver chegar o dia....o dia 29. Não vou votar, já disse antes, não cuidei da burocracia a tempo e ainda estou inscrita no consulado em Bruxelas. Estou contente pelo seguinte, não aguento mais receber e-mails chamando o Lula de Santa e rapadura. Alguns dizem que recebem mensagens tanto contra o Lula quanto contra o Geraldo, eu não recebi uma mensagem contra o Geraldo. Para os meus amigos e os não amigos que têm o meu e-mail só o Lula é que erra ou então querem me salvar do fogo do inferno petista. Acontece que eu nunca fui petista. É verdade, votei no Lula desde que nasci, sou retardada mental de acordo com muitas das mensagens recebidas. Pois é. Acreditei sim...e sofri, como muita gente vem sofrendo, mas não votaria em Geraldo por nada. Tivesse que votar agora eu não tenho certeza do que faria, mas no Geraldo não, isso não.
Fiquei chocada também quando vi, aqui em Curitiba um adesivo em um carro que mostrava uma mão com quatro dedos e o traço de proibido/não. Muita gente acha engraçado, até amigos meus. Eu devo ter perdido a capacidade de rir porque não vi a mínima graça, muito pelo contrário. Acho sim, uma total falta de respeito e já sei que vão me dizer que falta de respeito foi o que o PT fez. É falta de respeito também, é mesmo, ainda assim não vejo razão e não percebo em quê esse adesivo ajuda. Talvez seja um problema meu não gostar de piadinhas sobre um 'defeito' físico. Eu me lembrei da minha prima que é cega andando na rua, esbarrando em alguém e escutando "Não olha pra onde anda não, parece que é cega!" Ela me contou rindo, mas é um riso assim meio amargo...o pai de uma das minhas melhores amigas veio da Bahia para São Paulo, logo nos primeiros anos de trabalho na cidade ele perdeu uma mão (não um dedo, teve menos sorte) numa máquina...no seu primeiro trabalho, lá se foi a mão. Então talvez eu não ache graça por estar cercada demais desse tipo de história (tenho muitas e algumas bem recentes). Então, não é por ser a 'mão do Lula', é pela grosseria da propaganda. E nada disso é política. Ou é? Ando tão confusa.
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por Aluízio Alves Filho Revista Achegas

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Milton Hatoum no Rosebud



Uma novela exemplar

"Na literatura brasileira, não são numerosos os prosadores que conquistaram um grande público leitor. Desse punhado de best-sellers, nenhum foi tão popular como Jorge Amado. E isso se deve a vários aspectos. O escritor baiano não se preocupou em criar uma linguagem inovadora, nem mesmo em estruturar ou organizar a narrativa com ousadia, como fez Osman Lins em Avalovara, Nove, Novena e A rainha dos cárceres da Grécia."
Continua no Rosebud Livros
Milton Hatoum

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Atlanta - Stone Mountain

Fiz esta foto em Atlanta, em um lugar chamado Stone Mountain. O lugar não é excepcional, mas eu gosto da foto. Isto é uma Slave cabin, isto é, uma réplica de moradia de escravo...acredite quem quiser que havia todas estas frutas na mesa deles e essa cortininha esvoaçante. Enfim...

Mais fotos minhas em Diletante

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Madame Pommery no Rose


Madame Pommery, de Hilário Tácito

"Assim, só para dar um exemplo, um dos freqüentadores do bordel, Mangancha, apresentou sua versão pessoal para a implementação da eugenia social – a criação de uma raça de super-homens a partir do alcoolismo como meio de seleção. Segundo Mangancha, o álcool seria calor em estado puro, o alimento mais concentrado de todos. Depois de uma hiperexposição das pessoas aos efeitos do poderoso alimento, apenas os mais fortes sobreviveriam."

Continua no Rosebud por Daniel Faria.

domingo, 15 de outubro de 2006

Oscar Wilde


Num dia 15 de outubro, em Dublin, nascia Oscar Wilde. A biografia dele é mais conhecida que a obra. Eu gosto da obra e da biografia, ou seja, da pessoa inteligente, bonita e extravagante que ele foi e é lamentável que a literatura tenha perdido tanto por causa do preconceito. Uma das cartas mais lindas que eu já li foi De Profundis, Oscar Wilde a escreveu da prisão ao rapaz responsável por ele se encontrar ali. O seu livro mais conhecido é, sem dúvida, O retrato de Dorian Gray.
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"É o que você lê quando não tem que fazê-lo, que determinará o que você vai ser quando não puder evitar." Oscar Wilde
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Num 15 de outubro nasceu também meu pai, tão bonito quanto o Oscar Wilde, mas acho que ele não vai gostar se eu colocar uma foto dele aqui.
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Memória de minhas putas tristes, Gabriel Garcia Márquez por Urariano Mota no Rose.

sábado, 14 de outubro de 2006

Meu último conto - Anjos de Prata

Music and Literature by William M. Harnett


Concepção

Estou aqui de mãos vazias, Ida. Escute este desconhecido antes de mandá-lo de volta para o lugar de onde veio. Sou um homem triste e sombrio, mas não sou perigoso, observe o meu perfil e escute. Ida, você não é santa, eu te fiz assim, estou te fazendo assim. Venha à luz, por deus, pelo diabo que seja, não quero me revelar não, Ida, não tenha medo. Hoje você foi a escolhida, será esculpida a cinzel ou desenhada a crayon. Culpas tenho muitas e de nada me servem. Minto, serve-me, é assim que crio, por causa dela e com ela. É assim que te concebo, Ida. Daqui a pouco você estará pronta, paciência com o pobre Lúcio, molde-se, apareça, evolua. Vou à cozinha, tomarei um copo d´água. Ou dois, tudo dependerá da minha garganta, e quando eu voltar estarei pronto para você e espero que esteja pronta para mim. Sentarei de novo aqui nesta mesma cadeira e esperarei que meus dedos deslizem ágeis, que você me procure antes de eu procurá-la, que você se construa espontaneamente. Eu, Lúcio, estou cansado, Ida, já lhe dei um nome, a feição não importa muito. Se eu morresse agora, se eu morresse a caminho da cozinha, antes do copo d´água? Eu te amo tanto, Ida. Você nem está pronta e eu já te amo, porque preciso de você com um futuro, um passado, com suas veias e suas vias. Sou tão só, dependo tanto de você neste momento. Eu vou, então à cozinha....
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Resenha minha no Rose

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Parabéns, Vera!



A minha querida amiga Vera ganhou o prêmio Cidade de Manaus na modalidade Conto. Muito, muito bom. Parabéns para ela!

Confiram aqui:
2. PRÊMIO ARTUR ENGRÁCIO: CONTO
Comissão julgadora:
I. Profº. Carlos Antônio Magalhães Guedelha (ESBAM)
II. Profº. Gabriel Arcanjo Santos de Albuquerque (UFAM)
III. Profª. Maria Sebastiana de Morais Guedes (UFAM)
Obra vencedora: HISTÓRIAS DO RIO NEGRO
VERA DO VAL DE PAULA E SILVA GROBE
PSEUDÔNIMO: INQUIETA
MANAUS - AM

domingo, 8 de outubro de 2006

Um domingo indefinido



Até agora não sei se vai chover, se vai ter sol, se vou ao parque, se vejo um filme...Em Curitiba o tempo é maluco. Os curitibanos mesmo dizem que é possível ter 4 estações em um só dia.
Estou com minha pequena casa cheia de visitas, meu sobrinho com uma amiga, uma americana e uma canadense (amigas de amigos). Coitada da canadense, não viaja para ver um tempo destes. Logo verá mais sol em outras partes do Brasil. A americana é da Califórnia, tem bastante sol por lá, não tem problema com tempo 'ruim'. Acordamos todos bem tarde e estamos enrolando, café, internet, mapas, revistas. É tempo de decidir e aproveitar este domingo...Com chuva ou com sol.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

O Maior Amor do Mundo


Vi, há algumas semanas o último filme de Carlos Diegues, O MAIOR AMOR DO MUNDO. Eu não sabia muito do filme, meu sobrinho me disse que era bom e eu estava com vontade de ver um filme brasileiro, lá fui....A única coisa que eu sabia era que tinha o José Wilker no filme, eu gosto dele. Ele faz um astrofísico que tem muita dificuldade em se relacionar com as pessoas (não escolheu as estrelas por acaso), viveu por muitos anos nos Estados Unidos e volta ao Brasil para receber uma homenagem, esta vinda coincide com o momento da descoberta de que tem um tumor e logo vai morrer, um momento de confusão, quer ‘descobrir’ o passado, ‘redescobrir’, quer ‘sentir’, nem sabe o que quer do pouco tempo que lhe resta, mas quer. É engraçado vê-lo carregando um daqueles frascos de gel para lavar ou ‘desinfetar’ as mãos quando não é possível lavá-las,....ri muito[A1]. E termina num monte de lixo, deixando a frescura de lado. O pai do astrofísico é um velho rabugento, ranzinza mesmo que a cada aniversário do filho (adotivo, em princípio) faz questão de lembrá-lo que ele nasceu no dia em que o Brasil perdia uma copa do mundo. O filho vai visitar este pai, um maestro respeitado, quando volta ao Brasil, diz ao velho que vai morrer e a resposta do ranzinza é ‘todos vamos morrer’, o filho explica melhor a situação e mostra o resultado do exame que atesta que tem o tumor e que lhe restam poucos dias de vida, o velho olha para o papel e responde: ‘Está em inglês!’. Horrível, a única coisa que comove o velho é a lembrança do seu amor do passado, não a sua esposa, mas a linda menina que um dia apareceu em sua casa. Essa moça do passado do pai é mãe do astrofísico, a que morreu no dia em que o Brasil perdia a copa, por isso mesmo, por causa do futebol, não havia ninguém para socorrê-la. E o astrofísico vai dando uma de Sherlock Holmes nos seus últimos dias, vai juntando peças do quebra-cabeças que é a sua vida, rápido, tem que ser rápido...O pai rabugento dá-lhe uma fotografia e algumas poucas pistas. O interessante da fotografia que o maestro conserva, não é a foto em si, mas a lembrança que ele guarda dela. O amor da sua vida não está ali na foto, mas estava detrás da máquina, ela tirou a foto dele, da esposa dele e da empregada.

[A1]Eu também carregava aquilo e ainda tenho para quando viajo, mas tenho ‘relaxado’, em Cingapura muita gente, minhas amigas japonesas sobretudo, carregavam esse gel. Esse gel e uma toalhinha, sombrinha, meia.....tudo o que a gente precisasse saía da bolsa mágica delas. Incrível a bolsa de uma japonesa.
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Dickens - Um conto de duas cidades no RoseLivros.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Mais um cantinho da minha biblioteca



Não, não li todos ainda....

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Quê?


Eu estou sonhando, ou melhor, tendo outro pesadelo? Maluf, Collor, Clodovil?
Digam que não é verdade. Não é possível que tenha gente tão masoquista neste Brasil....
Eu? Não votei, não devia julgar ninguém já que nem o meu dever eu cumpri, não fiz a transferência a tempo, estou ainda inscrita na Consulado do Brasil na Bélgica. Ainda assim! Collor e Maluf, não dá, é uma aberração, sei que há outras, mas essa entalou aqui. Nem continuei a olhar a lista....
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"A diferença entre uma democracia e uma ditadura consiste em que numa democracia se pode votar antes de obedecer as ordens."
Charles Bukowski.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Marie Trintignant e Colette



Esses dias vi na tv partes da série « Colette, une femme libre », uma mini-série baseada na vida da famosa escritora. O último papel da atriz francesa Marie Trintignant foi, justamente, neste filme realizado por Nadine Trintignant, sua mãe. Era comum ver a família Trintignant trabalhando junta, o pai de Marie, Jean-Louis, também é ator e seu irmão estava trabalhando neste mesmo filme quando Marie foi assassinada três dias antes de terminarem a filmagem.

No dia 27 de julho de 2003, Bertrand Cantat, à época namorado de Marie, agrediu-a fisicamenete durante uma discussão, os golpes foram fatais, ela ficou em coma e morreu três dias depois. Aparentemente o desentendimento começou por causa de mensagens (sms) que Marie vinha trocando com o ex-marido e pai de seus filhos. Bertrand Cantat era o líder de um dos grupos de rock mais famosos da França, o Noir Désir. Esse assassinato foi um tremendo golpe, não poderia deixar de ser, para a família de Marie, até eu quase chorei ao ouvir o discurso do pai dela durante o enterro, sem sensacionalismos, era sincero mesmo. Mas não foi um golpe só para a família, os fãs de B. Cantat também levaram um tremendo choque, ele era não só o líder de um grupo de rock mas uma figura respeitada, engajada em movimentos sociais, contra a extrema direita etc....enfim, foi um estrago. Ele está na prisão e espero que fique por muitos e muitos anos, mas não sei se vai ser assim. Ele cometeu o crime na Lituânia, era lá que Marie e a família estava trabalhando no filme e lá ele foi julgado, de acordo com as leis do país ele foi condenado a oito anos de prisão. Só isso.


Lembro-me que nos dias em que isso aconteceu eu estava em Bruxelas e fui ao apartamento de Madame de Vish, nossa vizinha, pedir uma informação qualquer (sabe aquelas portas em que a gente bate sempre?) vi na mesa dela uma revista com fotos de Marie Trintignant e comecei a folhear. Madame de Vish me disse: "Que coisa triste, viu? Uma mulher bonita, nova.....mas também esse povo é tudo maluco, vive drogado, uma mulher com filhos, devia ter tido mais juizo." Tem condição? Mas era difícil convencer Mme de Vish de qualquer coisa....


O último filme que vi com Marie Trintignant, no cinema, foi Janis et John, uma comédia onde ela interpreta uma dona de casa resignada que, por causa de alguns negócios ‘mal feitos’ de seu marido se vê transformada em Janis Joplin. Eu adorei vê-la interpretando Janis. Quando o filme saiu, em 2003, ela já estava morta e eu, como muita gente, tinha perdido a capacidade de julgamento, só estava contente em vê-la na tela. Neste filme ela trabalhou com o pai, Jean-Louis Trintignant.


Colette


Na foto a escritora francesa Colette, autora de Gigi, La Maison de Claudine, etc. O primeiro marido de Colette era escritor, quando bateu os olhos nos escritos da jovem e provinciana esposa, percebeu logo que ali tinha potencial e publicou os livros no seu próprio nome. Felizmente ela percebeu a tramóia e retomou os direitos.

Hilda Hilst no Rose Livros

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Tess










Resenha minha no RoseLivros

domingo, 24 de setembro de 2006

C'est le Printemps




Já é primavera —
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.
Bashô

sábado, 23 de setembro de 2006

Pesadelo


Essa noite tive um pesadelo, sonhei que tinha que fazer uma prova de matemática. Foi horrível, eu sofria muito, não entendia nada e era preciso dar as respostas, eu mal reconhecia aquilo com prova de matemática. Uma agonia. Acho que tive esse sonho porque uma das aulas do curso de espanhol estava contando que seu pai fez de tudo para que ela aprendesse inglês, desde pequena, passou por todos os cursos sem nunca conseguir se comunicar na língua, como se tivesse um distúrbio. Disse, então, que resolveu tentar o espanhol e que até mesmo em espanhol ela é ruim.....decerto eu transferi isso para a matemática. Será possível? Mas eu não tinha tanto horror assim à matemática na escola, só não me interessava tanto. Cruzes, que foi um pesadelo foi.


Imagem: Scream, Edvard Munch ..................










Elizabeth Bishop no Rose Livros por Marcelo Coelho.

"Acaba de ser publicado em Nova York um livro com mais de 350 páginas com todos os inéditos de Elizabeth Bishop, incluindo trinta ou quarenta esboços de poemas escritos no Brasil. Ela viveu por mais de vinte anos em nosso país, de 1951 até o começo da década de 70."

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Os Olhos Verdes no RoseLivros



Marguerite Duras

[Texto meu no RoseLivros]

O verdadeiro nome de Duras é Marguerite Donnadieu, ela nasceu em Saïgon, em abril de 1914 e morreu em Paris em março de 1996. Foi escritora, roteirista, cineasta, seu trabalho mais conhecido deve ser o livro autobiográfico O Amante que lhe rendeu o importante prêmio Goncourt, foi traduzido para mais de 40 línguas e levado às telas por Jean-Jacques Annaud, o resultado parece não ter agradado em nada a escritora. Outro de seus trabalhos conhecido é o roteiro do famoso Hiroshima mon amour de Alain Resnais, uma das obras primas da Nouvelle Vague.
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I Love Billy Wilder por Antonio Caetano Café Impresso

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Fim de semana


Este fim de semana fui para Florianópolis e choveu. Choveu e fez frio. Eu não me importo muito, até gosto de ficar olhando para o mar com o tempo que todo mundo chama de ‘ruim’, gosto do lugar vazio, sem barulho, sem música chata. É muito bom. O problema é que estávamos acompanhando dois italianos que visitavam o Brasil pela primeira vez, mas eu expliquei bem: Ainda é inverno! Quisessem sol que fossem para o nordeste.
Enfim, foi bom para mim e não foi tão bom para eles. Felizmente italiano é animado (claro que não serve para todo mundo, nunca serve) e sempre se diverte nem que seja fazendo piada com a própria situação. Se eu estivesse com minha amiga alemã ia ser um deus nos acuda, ia ter que ouvir até minha orelha ficar quente.

Ontem de manhã, logo depois do café, eu saía da pousada distraída (por demais distraída) lendo um panfleto que tinha encontrado em cima do balcão, não olhei para a frente e meti a cara na porta de vidro, fiquei tonta e sem entender por uns segundos, aquela sensação estranha, onde, quando, como, que isso, quem foi? Um senhor chileno, dono da pousada, veio correndo, me abraçou, passava a mão na minha cabeça e dizia: ‘Desculllpa, descullpa’ e eu morrendo de vergonha. Desculpa pelo quê, pela minha burrice, por ter colocado uma porta bem na entrada da pousada? Eu só dizia: ‘Não foi nada’ enquanto meu lábio sangrava, é verdade, foi uma esbarrão e tanto. Às vezes eu ganho do Mister Bean! Mas nem tive dor de cabeça depois, já estava esperando por uma, só mesmo o inevitável dolorido na testa e os lábios mais sexy por um dia ou dois. Mas foi um incidente pequeno, não deu para estragar o fim de semana.

Briteiros

Os Estados Unidos financiam jornalistas anticastristas

Pelo menos dez jornalistas do Estado da Flórida receberam pagamentos regulares do governo americano para fazerem reportagens contra o regime cubano de Fidel Castro, publicou ontem o jornal Miami Herald.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Meu conto da Anjos de Prata

Um animal morto no meio do meu caminho

O animal jazia ali. Fedido, coitado, umas moscas a sobrevoá-lo. Morto e desenterrado, atravessado no meu caminho. Olho para ele enojada, com pena do seu fim, uma pena que se estende a todos os fins, ao meu também. Um pobre animal de patas estiradas, teso, daqui a pouco será só ossos. Ossos podem durar uma eternidade. E o que é ‘uma eternidade’? Um animal, um sustantivo se decompondo, transformando-se até não ser mais, até outra coisa. Ossos. A metamorfose não levará mais que algumas semanas. Terá morrido de velhice ou de picada de cobra? De fome não foi, ninguém morre de fome aqui. Minha irmã me alcança. Ai, que nojo! Tampa o nariz e vira o rosto. Ordena com voz fanhosa, vamos por aquele caminho.

Eu vou e o animal fica às moscas.

domingo, 10 de setembro de 2006

Mãe é mãe

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A morte feliz no RoseLivros por Wagner Campelo.

The L Word

The L Word é uma série americana, alguns chamam de versão feminina de Queer as folk, é uma espécie de novela do mundo lésbico. O L aí vem disso, Lesbian, mas na abertura da série são mostrados também que o L pode ser Love, Lashes, Lonely, Life, etc. Essa série começou em janeiro de 2004 e virou febre nos Estados Unidos, parece que teve um enorme impacto na sociedade. Já foi, ou é, mostrado também na Inglaterra, Canadá, Alemanha, França, Suíça e talvez outros mais e no Brasil pela warner channel com muitos cortes segundo este site brasileiro e este. Eu não vi na tv, uma amiga me emprestou os dvds com todas as temporadas até agora, foram três.

Eu gostei da série, embora no final (que não é final ainda) já estivesse ficando bem ‘novela’ mesmo, quer dizer, dá a impressão de que começam a puxar dali e daqui, alongar porque está agradando, começa a ficar forçado. De todo modo, eu acho que é positivo para a sociedade mostrar a vida de um grupo de lésbicas, mesmo sabendo que ali é meio artificial, há a vantagem de se ver os problemas de família, a vontade de algumas de terem filhos, o ‘sair do armário’, as festas, as curiosidades dos outros.

( ) ilustrativo:
Lembrei-me de uma história de alguns meses atrás, quando aconteceu aquele episódio na USP, um guarda destratou duas meninas porque estavam se beijando ou sei lá o quê. Falou-se muito disso nos dias. Então, eu estava almoçando na casa de uma amiga, o pai dela que já está bem velho, contou-nos que tinha ouvido na televisão que os policiais de São Paulo iam ter que fazer um curso para ‘aprenderem a serem gays’ (!?)....Bem, na verdade, discutia-se que eles iam passar por um curso para aprenderem a lidar e respeitar a diferença.

Enfim, não sei nada sobre a repercussão da série no Brasil, não ouvi falar muito, não sei se divulgaram bem ou se é porque eu sou meio por fora do que se passa na tv... é interessante a novela, sobretudo se a warner channel parar de cortar cenas.

Achei esse blog sobre a série e tem também informações na wikipedia.

sábado, 9 de setembro de 2006

Merdeka day


Esse feriado de 7 de setembro me fez lembrar do MERDEKA DAY ou Hari Merdeka...o dia da independência da Malásia. Eu achava engraçado ver as faixas festejando o tal dia. E se pronuncia tal qual escreve. Para nós, brasileiros, a língua dos malaios e indonésios não é difícil de aprender. Não que eu tenha aprendido, só aquela coisa básica, ou seja, comida, claro. Susu, por exemplo é leite e nunca vou me esquecer porque eu achava bonitinho, bem infantil. Outra palavra que eu achava bonita era KELUAR que significa saída em bahasa malaio (o nome da língua).
Essa é a foto das Twin Towers, devo ter tirado a foto em 2000 ou 2001.
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Os três mosqueteiros no RoseLivros por Claudinei Vieira.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Mishima e João Ubaldo Ribeiro no RoseLivros



Publiquei texto sobre Sede de Amor, de Mishima na RoseLivros. Ele já foi publicado aqui mas eu dei uma caprichadinha nele.

"Mishima nasceu em Tóquio, em 1925, é mais conhecido no ocidente pela morte espetacular do que pela obra em si. Em 1970 suicidou-se segundo o ritual do Seppuku, o suicídio foi minuciosamente preparado, segundo alguns biógrafos esta preparação levou um ano e Mishima organizou toda a sua vida antes de partir desta forma dramática. Ao final do ritual ele teve a cabeça decepada, como mandava o figurino. Masakatsu Morita, aparentemente amante de Mishima, tinha sido designado para esta tarefa mas não foi capaz de executá-la. Koga terminou o trabalho e Masakatsu, por sua vez, matou-se também de acordo com o ritual....."

FOTO: Kishin Shinoyama, Yukio Mishima em pose de São Sebastião, 1968

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O feitiço da ilha do Pavão de João Ubaldo Ribeiro por Vera do Val em 04/09/2006.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Me enfiaram o superman pela goela abaixo


Li um post no Síndrome de Estocolmo sobre o Superman e lembrei-me da minha própria experiência há algumas semanas. Eu estava só em Curitiba, ainda no hotel e decidi ir ao cinema, havia não sei quantas salas ocupadas com.....Superman, comprei um jornal, vi os programas, fui a outro lugar ver outro filme. Alguns dias depois na mesma situação, só que bastante cansada para sair procurando, fui ver o bendito filme, o Superman. Achei um porre. É mais ou menos assim, ele engravidou a Louis Lane e sumiu no mundo, um cabra safado. Voltou alguns anos depois e a encontrou casada (espertíssima, não perdeu nem um mês pelo jeito)com o primeiro homem que deve ter encontrado pela frente, fazendo de conta que ele era o pai do menino (coisa mais antiga, né?). Ela estava toda rancorosa, evidentemente, afinal tinha sido abandonada grávida, sem nenhuma explicação. Estava tão irada que tinha até escrito um livro contra o superman, quando ele reapareceu ela estava recebendo um prêmio pulitzer pelo livro.
Ah, sim, ele ainda voa, salva os que estão em perigo, protege o 'seu povo', mas na intimidade é isso, um 'cabron' que larga a mulher grávida e depois 'não sabia de nada', só fui dar uma volta em outras galáxias para colocar a cabeça no lugar.
Este foi o filme que eu vi. Bobinho que só.

domingo, 3 de setembro de 2006

Xô!


Essa é só para engrossar o coro, todo mundo deve ter ouvido falar deste ato de censura de Sarney, li no blog da Denise Arcoverde, agora no do Manoel Carlos que conseguiram retirar do ar o blog da jornalista Alcinéa por causa da publicação desta charge. Xô, censura e Sarney!