segunda-feira, 31 de julho de 2006

Quintana






Mário Quintana teria 100 anos.....


Todos passarão
e ele passarinho

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Informe esquisito



Caros amigos,

Vamos ver se consigo retomar o meu blog moribumdo, quase em coma...por conta de m a i s uma mudança, como já disse antes. Agora estou em Curitiba esperando que seja por muito tempo, por um bom tempo, pelo menos. O que isso significa, vai saber! Mas estou curtindo muito a cidade nova (para mim, claro), o trabalho. Um pouco de saudades da minha vida 'cibernética', de retomar os contatos com os amigos virtuais. As coisas se atropelaram....é normal. Saudades também do meu cachorro que vai chegar hoje. Acho que nunca viu tanta estrada na curta vida dele.

Retomo, com vigor desta vez, o trabalho com as línguas estrangeiras e com disposição de permanecer no Brasil até....sabe Allá quando. Quando vim para o Brasil, há quase dois anos, tudo estava cinza, nebuloso, não sabia bem onde aportar e nem se queria mesmo ficar. Foram dois anos estranhos. Estranhos é uma boa palavra para isso. De algum modo foram produtivos...muita coisa aconteceu, algumas boas, outras bastante ruins. Muitos acidentes em família, infarto, doenças. Tudo de uma vez, concentrado. Depois da tempestade sempre vem a bonança....dizem por aí. Estou longe de ser uma Pollyanna, nem posso dizer que eu seja uma pessoa otimista. Não sou. Sou bem humorada, mas otimista, não. Entretanto, sei que resistimos, que nos adaptamos. E voilà, mais um capítulo.

Todos os meus comentários de livros agora vão para o RoseLivros que está excelente e cada vez mais visitado. As últimas resenhas são de O PAÍS DOS PONTEIROS DESENCONTRADOS e A ESTEPE de Marcelo d'Avila e Claudinei Vieira.

terça-feira, 25 de julho de 2006

Peintres belges II: Rubens

Peter Paul Rubens (1577-1640)
De Antuerpia - parte flamenga da Belgica.

terça-feira, 18 de julho de 2006

Pintores belgas: R. Magritte

L'empire des lumières
Rue du Musée
91000 Bruxelles
...........
Amigos,
Ando muito ocupada, no meio de mais uma das muitas mudanças da minha vida. Desculpem os e-mails por responder e a falta de visitas aos blogs. Logo tudo voltará ao lugar e vou continuar com as 'belguices', desta vez os pintores, começando por Magritte.
A Correspondência entre Monteiro Lobato e Lima Barreto no RoseLivros.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Peixes

Peixes mortos
Essa foto eu fiz há uns três anos em Vancouver, Canadá. Chinatown.
........
Mais fotos minhas
......
Resenha de O virtuose, O penhoar chinês e outras no RoseLivros .

quinta-feira, 13 de julho de 2006

O vendedor de vassouras


[Um linda crônica de Regina Igel]

Era alto, magro, macilento e cego. Vendia vassouras pelas ruas do bairro, acompanhado de seu guia, um menino caolho, mal nutrido e baixinho. Uma dupla pouco atraente esteticamente. Mas o quê fazer. A sina desses dois era andar juntos, "pela estrada da vida", como um inspirado professor do meu ginásio revelou no seu discurso de formatura. Eles chegavam na rua onde eu morava como cachorros humilhados, daqueles que baixam as orelhas, o focinho e o rabo. O rosto do homem cego parecia varrer o chão em que pisava, oscilando da direita para a esquerda e volta, enquanto o menino, um de seus ombros agarrado pela súbita manopla do seu senhor, fazia o que podia para avançar de casa em casa. Batia palmas para chamar a atenção dos lá de dentro ou, encontrando uma campainha, pousava seu polegar de unha escura até que uma furibunda dona-de-casa ou uma empregada suada aparecesse na portinhola gradeada da porta principal.
-- Vai vassoura hoje, dona? - gritava o menino.
-- Nem hoje nem amanhã! - respondia uma malcriada.
-- Não, hoje não! - respondia uma melhor educada.
-- Não, passa outro dia! - respondia quem tinha a generosidade de dar uma migalha de esperança. E assim eles percorriam as ruas daquele bairro, classe média, fincado de trabalhadores em pequenas oficinas, barbearias, borracharias, barzinhos, gente que um dia queria ter mais. E tinham oportunidades que não eram dadas a cegos nem a acompanhantes. Nunca tive contato direto com a dupla. Eu os via do meu posto de observação, a varanda da minha casa, em nível acima da calçada da rua, e ainda protegida por umas persianas semifechadas, semi-abertas. Eles vinham, apertavam a campainha, saía alguém de casa. Não é todo o dia que se precisa de vassoura, mas chega o dia em que isto acontece. E se compra a tal.
-- É de piaçaba? - perguntava alguém entendido em material de limpeza.
-- E da boa, dona! - respondia o menino, já tirando um dos cabos do molho de cabos coloridos. Que cor a senhora quer?
-- Qualquer uma, não importa a cor. Quero vassoura boa, pra varrer de verdade.O cego sorria, pela primeira vez o vi sorrir. (Talvez tenha sido a última também.) Mas não dizia nada. As partes de visão e locução ficavam a cargo do seu acompanhante. A compradora tirava do bolso do seu avental umas moedas, passava-as ao menino, que as dava ao cego, que as apalpava e as metia no bolso da calça, um bolso que parecia bem fundo, pois ele enfiava quase todo o braço por aquele espaço. Já com o rosto erguido, as órbitas azuladas ou vazias, ele dizia:
-- Deus lhe pague!
-- O ceguinho agradece - completava o menino, como se a voz do homem não fosse suficiente. Se não lhe compravam uma vassoura, lhe davam uma tangerina ou um copo de água. Vi isto entre os vizinhos. Quando isto acontecia, o cego encostava seu ramo de vassouras, com ajuda do menino, numa parede qualquer, libertava as mãos e pegava no copo. Como lhe serviam em copo de papel, muitas vezes a água era espremida, sem o homem disto se aperceber, e o líquido lhe descia pelo queixo mais do que pela garganta. Mesmo assim, ele agradecia efusivamente a generosidade de um copo d´água. E continuavam a marcha. Até onde foram? Não saberia dizer. Por quanto tempo mais continuaram nesta andança e semi-mendicância, tampouco posso dizer. A rotina, um dia, terminou. As casas trocaram as vassouras por empregadas movidas por aspirador de pó. E estes olhos, que um dia a terra há de comer, nunca mais viram o ceguinho e seu ajudante.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Livros recebidos: Flávio Viegas Amoreira



O Flávio é de Santos, aqui estão três dos seus livros que ele gentilmente me enviou. Ele é publicado pela 7 Letras. Logo falarei mais sobre ele e os livros também. Merci beaucoup à Flávio mais uma vez.

Livros recebidos: Regina Igel e Chico Lopes


Vou postando aqui, aos poucos, os livros que recebi dos amigos escritores e depois vou falar mais sobre eles, aqui ou lá no RoseLivros.
Já falei antes de alguns deles aqui no blog, mas na época eu não sabia colocar as fotografias. Aqui à esquerda, Regina Igel que me enviou o livro quando eu ainda vivia nos Estados Unidos. Ela vive e trabalha em Washington DC. À direita, o livro de contos de Chico Lopes.
E mais uma vez o meu 'muito obrigada' a todos os que me enviaram os seus livros.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Remexendo a gaveta

Omnibus


Sharp… Panasonic… Deus
Passeio na cidade desproibida
Suada… vazia
de sentido
O ônibus vai
e a minha retina retém
todos os letreiros
os números, as formas
disformes paradoxos
os meus ouvidos captam
o silêncio do homem triste
que olha sem ver
a cidade sem sentido
Há quem sorria
um riso educado
desconfortável
Há olhos que se olham
Susto
Sinal desrespeitado
(Talvez chova, faz tanto calor!)

Ponto final

.........

[um poema de 1996]
Imagem: Gustav Klimt, Il bacio.

Sítio


Entardecer no cerrado.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Atrizes belgas



Falando um pouquinho mais de cinema belga...vamos agora às atrizes. Para começar Cecile de France que nasceu em 1975, em Namur.O seu filme mais conhecido deve ser A Volta ao Mundo em 80 dias (2003) e L'Auberge espagnole (2001) pelo qual ela recebeu um prêmio, o Cesar. Este último filme é uma comédia sobre um grupo de estudantes de intercâmbio (Erasmus)que vive na mesma casa em Barcelona. Albergue espanhol é uma expressao francesa que quer dizer ‘bagunça’, como é de se esperar, a casa é assim, ali vivem estudantes de diferentes nacionalidades, diferentes línguas, diferentes modos de vida...uma micro Europa em Barcelona. Cécile de France faz o papel da estudante belga, lésbica, engraçada, linda, torna-se amiga do personagem principal e ensina-lhe alguns truques sobre as mulheres. Esse filme é muito conhecido na Europa...não sei se passou pelo Brasil. Vale a pena.


Outra atriz belga conhecida é Emilie Dequenne, já falei dela aqui antes quando escrevi sobre os irmãos Dardenne. O primeiro filme que ela fez foi Rosetta, dos dois irmãos, e logo de cara ganhou o prêmio de melhor atriz no festival de Cannes, aos dezoito aninhos. Claro que depois disso já fez muitos outros filmes.

Aqui estão alguns:

Mademoiselle Julie
Le grand Meaulnes

Avant qu'il ne soit trop tard
La ravisseuse
L'Américain
The bridge of San Luis Rey
Claude Berri, le dernier nabab
L'équipier
Lysistrata
Mariées mais pas trop
Une femme de ménage
Jean Moulin
Oui, mais...
Le pacte des loups

Telefonema surreal


Esses dias recebi um dos telefonemas mais surreais da minha vida. Ainda cansada de uma viagem atendo o telefone. Normalmente me irrita um pouco quando a pessoa do outro lado, esguela: ‘QUEM tá falando?’ ao invés de dizer com quem quer falar. Se o tom for educado ainda passa. Nesse dia que atendi, a voz era rude e já foi logo perguntando:

QUEM?’ Eu não queria perder tempo, então respondi:
- Leila.
- É a Leila mulher do Alcides?
- Não.
- É SIM!
- ????

(Aparentemente era alguém que sabia mais que eu. Analisei o nome por uns segundos....Alcides, Alcides, não nunca conheci nenhum Alcides, nunca fui casada com nenhum)

E a mulher:
- É você SIM, escuta aqui ó....
- Minha senhora, a senhora está falando com a pessoa errada.
- Você sempre diz isso, eu só quero te falar o seguinte, você pára de ligar pro fulano e falar que tá com saudades dele....

(Nesse ponto eu já estava morrendo de rir e tentando explicar para a mulher que ela, definitivamente, tinha chamado o número errado, mas ela não escutava. Tentei ainda)

- Minha senhora, eu não sou a mulher do Alcides, meu marido é o fulano.
- Pode SER que você tenha se casado de novo, não me interessa...

(Daí eu desliguei e fui rir à vontade, fazer o quê? E ela deve ter continuado a lista.)
.......
O Derrotista e Contos fantásticos no labirinto de Borges em Rosebud Livros.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Fromages de France

Estive muito ocupada nestes últimos dias, muita viagem, mudança de todo tipo, muito trabalho...por isso meu blog ficou tão abandonadinho e por isso também não pude visitar os blogs que visito sempre. Espero que a vida volte logo ao normal. Achei este cartão que enviei ao meu pai (que como bom mineiro adora queijo) em uma das minhas viagens. Tirei da geladeira dele para colocar aqui, logo devolvo. Não sei se os nomes dos queijos vão aparecer aí direitinho....
Em breve com assuntos mais sérios e já retomo também as visitas. Não se esqueçam do Rosebud Livros que está cada vez melhor.
Abraços
Leila