sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

Ai, que preguiça!

Um dia e outro dia.

Hoje a dor foi menor, quase inexata.

Honra é um harakiri bem feito, debaixo para cima e com coragem.

Ontem poderia ter sido. Hoje estou bem.

O mundo é um lugar dos mais estranhos, tem impostos para pagar e muitas regras para serem seguidas. Tem-se carro para andar mais depressa mas para isso tem-se que perder horas e horas, dias, às vezes, escolhendo um carro, tirando carteira, trabalhando para comprar o carro, para pagar o mecânico….paga-se multas se nos enganamos quanto às regras a serem seguidas. Muitas.Todo dia dormimos e quando não dormimos é pior ainda. Isso não é uma regra, é uma lei da natureza.

Assim é o mundo. Ai, que preguiça!


leilasilva100@hotmail.com

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Balaio de Textos - SESC

Caros Amigos,

Estou de novo nos Estados Unidos, Seattle, desta vez. Pensei que ia demorar muito a botar os pes aqui de novo mas 'coisas acontecem'.
Bom, a cidade de Seattle 'e aquela que tem o space needle, tinha Nirvana e outras coisas de que falaremos depois, agora eu so queria deixar uma mensagem para dizer que nessa proxima quinta, dia 17, vou estar de novo no Balaio de Textos do Trevisan, desta vez com um poema, FORMAS, que alguns de voces ja devem ter lido aqui. Por favor, os que estiverem livres no horario do debate, oito horas, entrem para participar, bater nas minhas costas, dar um oi, o que quiserem.
Vou colar aqui o caminho tal qual o Trevisan me enviou:

O poema estará exposto no Fórum do Balaio, onde é possível conferir tb as opiniões deixadas. Vc poderá entrar no site pelos endereços:

http://www.sescsp.org.br/sesc/convivencia/oficina/frabalaio.htm ou
poderá entrar na sala do Balaio pela home page do UOL http://www.uol.com.br/; clicar em Bate Papo; a seguir, clicar em Variados; aí descer até Parceiros e rolar a barra até Oficina de Leitura ou SESC-on line, Sala 1.
Conto com sua presença.
Abraço do

João Silvério Trevisan
COORDENADOR DO BALAIO DE TEXTOS

O Poema:

Formas

So Sorry !
Disse ela sem parecer.
A sua ausência criou o tédio.
Do tédio fiz um poema
Triste e singelo.

Por demais singelo.

Então fiz as malas e fui para Avalovara
Andei por todas as vielas sem guia
A cada vez que me perdia me achava
Fosse a vida quadrada
Eu percorria os quatro cantos
Mas não !
É redonda como um O

E o fim se confunde com o começo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Cadernos do Oriente [India]

Os gémeos Asvin são, no princípio do mundo, divindades menores que não podem beber soma – a droga perfeita dos deuses – e passam grande parte da sua existência entre os mortais. Ora, um dia os dois irmãos surpreendem no banho a bela princesa Sukanya e por ela se inflamam. São, porém, debaldes as suas tentativas de usufruir da beldade da princesa e dos seus modos naturalmente gentis: ela é fiel ao seu marido, um velho asceta de nome Cyavana. Mas os deuses, de tão surpreendidos por sua beleza e resistência, mais interessados ficam no que pensavam seria uma rotineira conquista. E por isso propõem uma troca: devolverão a juventude e a beleza ao marido, mas depois ela terá de escolher de novo um marido entre os três.O casal sabe que os Asvin preparam uma armadilha mas, confiando no amor mútuo, confiando cegamente um no outro, aceitam o jogo. Os seus temores não se revelaram infundados: quando Cyavana sai rejuvenescido das águas de um lago mágico, vem exactamente idêntico aos divinos gémeos. Como poderia agora a princesa perceber quem era o seu adorado marido? Sem dificuldade e fazendo fé na sua intuição, Sukanya descobre e escolhe o preferido. Ganha o coração sobre a luxúria. Bons perdedores, os Asvin preparam-se para bater em retirada.Mas Cyavana está longe de ser um ingrato - afinal, ganhara belos traços e uma nova juventude - e diz aos gémeos: “Vou fazer de vós bebedores de soma, apesar da oposição do rei dos deuses”. Sabedor dos segredos, prepara a beberagem, e mal estava pronta a bebida sagrada preparava-se para a servir aos dois incompletos deuses, de modo a fazer deles plenos participantes de todo e qualquer amplexo divino.Eis que estava pronta a servir quando intervém Indra, rei dos deuses, manifestando o seu desgrado e prestes a fulminar a mão de Cyavana, que segurava o cálice repleto do precioso soma. O asceta recorre então aos seus argumentos e através da “força da austeridade” cria um gigantesco monstro, cujas mandíbulas se abrem do céu à terra e que ameaça tudo engolir: é o monstro Mada (Embriaguez). Indra não resiste e capitula. Os Asvin bebem o soma e Cyavana tem de destruir o seu monstro. Corta-o em quatro partes e coloca cada uma num local muito específico: respectivamente, na bebida, nas mulheres, nos dados e na caça.
...................................................................................................Mahabarata, India

leilasilva100@hotmail.com

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

É carnaval


É o carnaval rosado,
o passo cadenciado
o sorriso largo como a avenida
coxas, peitos, bocas,
bundas e orelhas
dançam todas as cores
Evoé, Bandeira!

Só dentro de mim náo há festa


.........................................................Leila Silva



[Antigo, antigo: 16/02/96]


leilasilva100@hotmail.com