domingo, 28 de janeiro de 2007

O Perfume- História de um Assassino

Este foi o filme deste fim de semana. Na verdade, quando saí de casa, a prioridade não era o cinema, era comer, daí dei uma olhada nos cartazes, podia escolher entre dois lonnnngas, Babel e este Perfume (147 minutos, não precisava). Para o Babel eu ia ter que esperar mais de uma hora. Comi correndo e fui ver o Perfume. Isso quer dizer que eu não fiquei algumas semanas planejando e me dizendo 'eu tenho que ver este filme'. Não.

Como a maioria das gentes, li o livro nos anos oitenta. Achei interessante, mas não me apaixonei pela história como muitos que o veneram até hoje.Tampouco me apaixonei pelo filme. É bonito, às vezes nojento. Muita gente dizia que era impossível transformar o livro em filme porque ele trata de uma coisa impossível para cinema: o cheiro. O cineasta que não é bobo respondeu que por isso não, o livro também não tinha cheiro. Voilà. Mas o que eu ia dizer é que, às vezes, temos a impressão de sentir o cheiro, tanto na hora das 'nojeiras', o mercado de peixe, dentre outros, quanto quando os campos de lavanda são mostrados ou quando as pétalas de rosas vermelhas são despejadas. Há cenas lindas. O ator principal, que eu não conhecia até aqui, é muito bom e a moça que faz o papel de Laura é branquinha e tem lindos cabelos ruivos. Há ainda outra ruiva no começo do filme. Deve significar alguma coisa.

Sobretudo o final do filme é meio estranho, não a orgia, mas o exagero. Mas não vou dizer muito para não estragar a surpresa de quem ainda for ver o filme.


Vasculhando aqui na rede descobri que o cineasta é o mesmo de Corra Lola corra. Fiquei boquiaberta, não podiam ser mais diferentes.


Algumas palavras do diretor sobre o filme:

"Esta não é uma história sobre um estranho mundo de fantasia com um homem louco que por acaso tem um olfacto apurado", afirmou Tykwer. "É, sobretudo, a história de um homem terrivelmente só, tema clássico na literatura e na dramaturgia"(...) "Este é um tema com que todos nos podemos identificar secretamente – o stress de termos sempre que nos 'promover', para impressionar os outros".
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3 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou um dos apaixonados pela história e que a venera até hoje.
Só não consigo entender a escolha do Ben Whishaw para o papel do protagonista: esse cara "bonitinho" não tem nada a ver com o Jean-Baptiste original, tão maltratado que mais parecia um ogro!
Entretanto, apesar das muitas críticas negativas, fiquei curioso em ver o resultado da história transposta para a tela.
Ah, o autor do livro, Patrick Süskind, abominou o filme, mas embolsou uma pequena fortuna pelos direitos autorais.

Anônimo disse...

Nao li o livro mas vou conferir o filme, parece sim interessante...
Adorei Corra lola, corra!
bjos

Guto Melo disse...

Não vi O Perfume, mas Corra Lola Corra! é interessante. Gosto da coisa meio videoclipe, e da construção de várias possibilidades e desfechos a partir dos mesmos elementos. Quanto ao cheiro... é tão mágico e singular. Às vezes cheiro de peixe me atrai e o de lavanda me enjoa. Mas é só às vezes e um pouquinho.