Outubro 2001
Anthrax. Medo. Pânico. Pó branco. Egoísmo. Odio. Ignorância. God bless America!
Na tv propaganda do Prozac. Ações em câmera lenta. Todo mundo feliz, correndo, regando o jardim, sorrindo, rindo. Experimente! Experimente! Admirável mundo novo.
Temos um apartamento. Home sweet home. Alugamos tudo: as colheres, as facas, o pano de prato, o escorredor, a cama, a mesa, everything.
Final de outubro
Nas segundas, participo de um grupo de conversacão na biblioteca local. Russos, venezuelanos, um chinês, um yuguslavo (segundo ele), um mexicano e uma brasileira, eu. No final o mexicano vem falar comigo. Em espanhol, é claro. Digo-lhe que adoro o espanhol mas neste momento preciso falar inglês. Ok, no problem! Ele me propõe carona e de vez em quando volta a falar espanhol. Tento responder em inglês. ‘Pero tu no pareces brasilera, estoy muy surpreso’. Ele arrisca um portunhol pois teve uma namorada brasileira.
E com o que deve parecer uma brasileira? Never mind.
No segundo encontro eu e o mexicano damos um fora. O professor nos entrega um folheto onde há uma foto da bandeira americana, faz um comentário sobre os últimos eventos ‘catastróficos’ e sobre o aumento do número de bandeiras expostas. Ele quer saber que tipo de sentimento o povo americano está demonstrando. Digo (e sem querer provocar, juro): Nationalism. Big mistake. Deveria ter dito PATRIOTISM. Uma russa puxa-saco encontra a palavra certa para a felicidade do professor. Já o mexicano não achou melhor exemplo para o verbo ‘destroy’ que “The USA are destroying Afganisthan”. Contrariado, o professor disse que a frase estava gramaticalmente correta, mas ele poderia também dizer que “The USA are trying to destroy Bin Laden, not the Afganistan”.
Ah! Aprendemos todos os dias.
Leila Silva
leilaterlinc@yahoo.com.br
Um comentário:
Leila, complicado isso aqui heim?
Aliás vc é toda complicada. Todo e mail volta, seja pra que endereço for
Tou quase desistindo
...rs...adorei o post dos eua
beijao
inquieta
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