quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Ganesha e eu e o mau humor

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Uma das minhas fotos da Ásia que eu já devo ter postado por aqui.
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Essa semana chega outra estagiária francesa, tomara que não seja mau humorada....cruzes!
terça-feira, 10 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
BENJAMIN
Lendo BENJAMIN, Chico Buarque.
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sábado, 7 de junho de 2008
Caminante, no hay camino
- Caminante, son tus huellas
- el camino y nada más;
- Caminante, no hay camino,
- se hace camino al andar.
- Al andar se hace el camino,
- y al volver la vista atrás
- se ve la senda que nunca
- se ha de volver a pisar.
- Caminante no hay camino
- sino estelas en la mar.
- Antonio Machado
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Convite para uma decapitação
Vladimir Nabokov
Invitation to a beheading foi traduzido em Portugal como Convite para uma decapitação (Vladimir Nabokov, Convite para uma decapitação, Assírio & Alvim, Fevereiro de 2006, 217 pp. Tradução do inglês por Carlos Leite), pesquisando na internet não achei nada sobre ele no Brasil, mas não procurei muito.
Nem pretendo resumir aqui a história deste livro, seria muito difícil e insensato. A trama: Cincinnatus C foi condenado à decapitação pelo crime de ‘torpeza gnóstica’(“gnostical turpitude”) e cabe ao leitor deduzir o que vem a ser isso. Parece que torpeza gnóstica é ‘ser diferente’, é não poder ou não querer ver o mundo como os demais. O pobre condenado não consegue nem mesmo entender a natureza do crime e não há ninguém com quem possa dialogar ou tentar qualquer comunicação por mais básica que seja. Cicinnatus C. espera o cumprimento da sentença, temeroso, ansioso, ninguém quer lhe informar a data marcada para a decapitação, os personagens que o cercam são surreais e ele prefere passar seu tempo, o que lhe resta, a ler e a escrever. A parte do escrever é bastante interessante e já ia me esquecendo dela, (faz meses que terminei a leitura e não arrumava coragem para as anotações). Sempre que vai começar a anotar alguma coisa o personagem se pergunta se realmente vale a pena, dali a dois minutos podiam vir buscá-lo para a execução e de nada adiantaria ter começado. E não buscavam, então ele pensava, ‘bem que eu podia ter começado a escrever’.
É um desses livros que a gente não consegue largar, mas é bastante difícil falar dele, por isso adiei tanto. Sei lá, acho que é uma história para ser lida mesmo ou é incompetência minha. Tem livros assim que adoro, mas que na hora de comentar não sai muita coisa. Um deles, por exemplo, é Mrs Dalloway.
Vou mudar radicalmente de viés e vou dizer como foi o meu primeiro contato com este Invitation to a beheading. Isso é curioso, isto é, os caminhos que nos levam aos livros. Neste caso (e em muitos) é outro livro, Reading Lolita em Tehran, a autora, uma professora de literatura, fala deste Nabokov desde a primeira página do seu livro e volta a ele muitas e muitas vezes, eu, claro, fui ficando muito curiosa a respeito e o li na primeira oportunidade. Uma das citações que me deixou muito intrigada pela bizarrice da cena é a que diz que o prisioneiro tinha o direito de dançar com o guarda da prisão desde que o guarda consentisse. E eles dançam.
domingo, 1 de junho de 2008
Amélie Poulain

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sexta-feira, 30 de maio de 2008
Mulher lê mais que homem, aponta pesquisa nacional

As mulheres lêem mais que os homens, diz a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que será divulgada hoje, em Brasília.
O estudo, elaborado pelo Instituto Pró-Livro, mostra que população está acostumada a dedicar muito pouco --ou quase nenhum-- tempo aos livros. Do total dos leitores, 55% são do sexo feminino, público maior em quase todos os gêneros da literatura -os homens lêem mais apenas sobre história, política e ciências sociais.
Segundo a pesquisa, a Bíblia é o livro mais lido pela população brasileira --43 milhões de pessoas já a leram, dos quais 45% afirmaram fazê-lo com freqüência.
Prêmio Literário - São Paulo

A Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo vai lançar nos próximos dias o mais bem pago prêmio literário do Brasil. O Prêmio São Paulo de Literatura pagará R$ 200 mil para o melhor livro de ficção do ano, mais R$ 200 mil para o melhor livro estreante, também ficção. Segundo o secretário estadual de Cultura, João Sayad, o prêmio segue os moldes do Booker Prize, o mais tradicional do Reino Unido, e terá duas etapas: na primeira, um corpo de cinco jurados vai indicar os dez livros finalistas; na segunda etapa, outro grupo de cinco jurados vai apontar os dois livros vencedores. Indicados pelo Conselho Estadual de Cultura, os dois júris serão compostos por um crítico literário, um editor, um escritor, um livreiro e um jornalista da área. Os nomes serão anunciados posteriormente. O resultado do primeiro Prêmio São Paulo de Literatura já tem data marcada: 23 de novembro.
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imagem: Books of pleasure, 17th Century
segunda-feira, 26 de maio de 2008
A Fraternidade É Vermelha

À medida que fui vendo o filme consegui me lembrar de uma coisa ou outra, do momento em que a moça, Valentine (essa da foto) atropela uma cadela, por exemplo. E essa cadela que ela atropela chama-se Rita, Valentine verifica o endereço numa etiqueta e vai tentar devolvê-la, entretanto o dono parece não fazer muita questão de Rita, na verdade não se importa com nada o que irrita ou choca de certo modo a moça. E disso nasce uma amizade. Pois é. Este homem representado por Jean-Louis Trintignant é um juiz aposentado que passa os dias a escutar a conversa telefônica dos vizinhos, é amargo e cínico, mas encontra em Valentine um motivo para 'reviver', rever o mundo, sem romantismos, amizade mesmo. O juiz é um homem extremamente inteligente e questionador, questiona sobretudo o seu antigo poder de 'julgar' as pessoas, teria acertado, teria errado e que diferença faz?
Valentine é interpretada por Irène Jacob, não a vejo muito no cinema. É uma mulher linda, não dessas belezas gamourosas, uma beleza real, próxima, delicada.
O filme é mais complexo do que isso, várias histórias se entrelaçam, por exemplo, vemos a juventude do juiz se repetindo na vida de um vizinho de Valentine, tal e qual, enquanto o juiz conta o passado, o presente se desenrola ali.
Bonito.
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Preço do livro, carestia sem fim
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Abaixo uma cantora francesa, Patricia Kaas interpretando Quand on n'a que l'amour do poeta/cantor/compositor Jacques Brel. Parece que ela é pouco conhecida por aqui, meus alunos não a conhecem, mas é muito boa e muito conhecida na Europa. Jacques Brel é mais conhecido, nem que seja só pelo Ne me quitte pas.
sábado, 24 de maio de 2008

Chegando em casa, consultei o doutor Google e ele diagnosticou: 'sinusite mesmo':
"Na sinusite aguda, costuma ocorrer dor de cabeça na área do seio da face mais comprometido (seio frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal). A dor pode ser forte, em pontada, pulsátil ou sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, surge obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, sanguinolenta, que dificulta a respiração. Febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite costumam estar presentes."
Mas tout est bien qui finit bien, tomei alguns remédios e a dor passou, agora só estou espirrando na proporção de mais ou menos 100 espirros por minuto. No caminho de volta de Floripa, graças aos amigos Allan e Marina, conheci os CDs novos (não sei se é tão novo assim ou se eu é que estava por fora mesmo) da Fernanda Takai, Onde brilhem os olhos seus e da Adriana Calcanhoto. Adorei os dois.
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imagem: Rest, Pablo Picasso

Spiegel - O que vai ficar do presidente atual, George W. Bush? Será que ele vai ser esquecido depois de sair do governo?
Roth - Não, ele foi horrível demais para ser esquecido. Haverá muita coisa escrita sobre isso. E há muito a ser escrito sobre a guerra. Há muito para ser escrito sobre o que ele fez com o reaganismo, uma vez que ele foi muito mais longe que Reagan. Então ele não será esquecido. Já disseram que ele foi o pior presidente que os Estados Unidos já tiveram. Na minha opinião, isso é verdade.
Spiegel - Por quê?
Roth - Bem, principalmente por causa da guerra, da decepção com a entrada na guerra. O cinismo absoluto que envolveu a decepção. O custo da guerra, o Tesouro e as vidas dos americanos. Foi hediondo. Não há nada parecido com isso. Em segundo lugar, por causa de sua atitude em relação ao aquecimento global, que é uma crise mundial; e eles foram extremamente indiferentes, até mesmo hostis, em relação a qualquer tentativa de enfrentar o problema. E mais isso, mais aquilo, mais isso, mais aquilo... Ou seja, ele fez um grande estrago.
Spiegel - Já que o seu livro se passa na semana das eleições de 2004, você saberia explicar por que os americanos votaram em Bush pela segunda vez?
Roth - Acho que foi pelo fato de estar em guerra e não querer mudar, além de estupidez política. Por que alguém elege uma determinada pessoa? Pensei bastante sobre John Kerry quando ele começou a campanha, mas ele não conseguia competir com Bush. Os democratas não são brutos, o que é muito ruim, porque os republicanos são brutos. E os brutos vencem.
Klaus Brinkbäumer e Volker Hage
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Mais aqui.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
a igualdade é branca

Este A igualdade é branca é de 1993 e foi entre 94 e 95 que eu o vi, há uns bons aninhos, já tinha me esquecido de muita coisa, muita mesmo. É a história de um casal, ele polonês e ela francesa, tem momentos que parece que eles estão fazendo um concurso para ver quem consegue ser mais cruel. O filme começa com o casal na frente de um juiz, Dominique, a esposa, está pedindo o divórcio alegando que o marido não consegue cumprir com seus deveres conjugais. Karol , o marido, fica completamente perdido, sem dinheiro, sem língua (quase não fala francês), sem mulher, sem nada. É um personagem triste, com um ar ingênuo, mas vingativo. Volta para a Polônia dentro de uma mala porque não tinha mais seu passaporte e a polícia estava a sua procura por causa de um acidente propositalmente provocado por Domique para complicar um pouco mais sua situação. E, por incrível que pareça, a idéia que fica é a de que os dois se amam nesse tumulto todo. Karol está no metrô tocando uma música polonesa usando um pente como instrumento (ele era cabeleireiro) e encontra um compatriota, Mikolaj que passa a fazer parte de sua vida e tenta ajudá-lo sem muitos questionamentos, uma bela amizade começa quando o relacionamento com a mulher está terminando.
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E o resto da semana foi:
Aulas. Leitura Seis Passeios pelos Bosques da Ficção. Aulas. Espera. Faxina. Chateações. Aulas. Começo de outro Hermann Hesse O Lobo da Estepe. Aulas. Filme Bonequinha de Luxo. Chateação. Sono. Frio. Papo furado. Aulas. Passeio com o cachorro. Espera.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Entrevista: Contardo Calligaris
PLAYBOY - Você escreve bastante sobre o Brasil e os brasileiros. Para você, quais são as principais características da sociedade brasileira?
Contardo - O Brasil é uma sociedade ao mesmo tempo moderna e arcaica. Por um lado, somos extremamente modernos, porque a diferença social se dá por meio da riqueza e do consumo. Por outro, essa diferença social é vivida como se fosse uma diferença de casta. Depois de uns cinco anos vivendo no Brasil — e o Brasil pega na gente —, fui a Paris visitar meu filho. Estava num café e queria fazer um pedido. Então, levantei o meu braço e estalei os dedos. O garçom ouviu o barulho e, completamente paralisado, perguntou: “Você está falando comigo?” Eu me dei conta de que estava fazendo um troço completamente inaceitável. O cara ia me dar um soco, me mandar à puta que o pariu e o dono do café ia lhe dar razão. Mas, no Brasil, isso é normal. As pessoas se prevalecem dos apetrechos de seu sucesso narcisista para tratar os outros como escravos. É como se quisessem perpetuar uma ordem que não existe mais.
PLAYBOY - Você acha que é assim que os brasileiros são vistos lá fora: como uma sociedade arcaica e atrasada?
Contardo - Não. Mas, apesar dos esforços de modernização do Brasil, o país ainda é visto, sobretudo, como um sonho exótico. E é difícil ser visto como exótico, porque o exotismo é a face legal do racismo, por assim dizer. A vergonha desse exotismo é, certamente, uma face da identidade nacional.
PLAYBOY - Você é imigrante e teve muitos pacientes brasileiros que emigraram para os EUA. O que eles podem ensinar a nós que ficamos no Brasil?
Contardo - A conclusão a que a gente chega é que ninguém deveria nunca viajar. Quem começa a viajar — e não estou falando em passar férias, mas em se transplantar — não tem motivo para parar. A dúvida entre a continuação da viagem e o retorno se torna uma parte constante de sua vida. Em minhas viagens entre Nova York e São Paulo, conversei com diversos brasileiros que estavam sendo deportados para o Brasil e, curiosamente, se sentiam completamente aliviados. Não que eles quisessem ir embora dos Estados Unidos, mas estavam aliviados que a decisão tinha sido tomada por terceiros.
terça-feira, 13 de maio de 2008
livros e livrarias

quinta-feira, 8 de maio de 2008
Puf
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