sexta-feira, 20 de julho de 2007

Cobras e piercings

Esses dias saí para passear com o cachorro e parei no sebo. Ele, o cachorro, fica revoltado quando faço isso, quando interrompo o passeio dele para cuidar de meus interesses pessoais. Mas parei assim mesmo, por poucos minutos e dei de cara com este livro aí. O nome japonês chamou minha atenção, assim como a capa que é bastante bonita como a da maioria dos livros japoneses. Nunca tinha ouvido falar dessa autora. Refleti por uns segundos, o cachorro ansioso...pedi ao cara do sebo que guardasse o livro por um tempinho. Vim à escola, pensei, dei uma olhadinha na internet e, menos de 30 minutos depois, fui lá e peguei o livro por 10 reais em excelente estado. Custava 12, sem pedir ganhei 2 reais de desconto. Como estava lendo outras coisas entreguei o livro para meu sobrinho para ele ler e me dar a opinião. Leu numa noite, o livro é bem pequeno, desses que os editores vão esticando pra lá e pra cá pra dar pelo menos umas 100 páginas. Meu sobrinho disse: "Sei não, tia, acho que você não vai gostar". Ontem à noite li umas páginas, mais por cansaço, para não pegar nada sério agora. De fato não gostei. O livro é um best seller, foi escrito por uma menina de pouco mais de 20 anos que, aos 11 ou 12 já tinha abandonado a escola, disposta a se tornar escritora. O pai é ligado à literatura, crítico, professor....A autora ia escrevendo e enviando ao pai por e-mail, ele ia ajudando a lapidar. Bom, eu não estou achando lá muito lapidado, pode ser que muito tenha se perdido com a tradução ou eu não estou sabendo reconhecer o gênio. Estou achando até meio chato, mas o livro é tão pequeno que não custa saber do final, fosse grande eu o abandonaria.

2 comentários:

Sonia Sant'Anna disse...

Ensine o cachorro a ler e ele também vai gostar de parar em sebo, livraria, banca de jornal. (rs).
Duvido que aos 12 anos alguém esteja pronta para publicar um livro. Se bem que aos 12 Mozart, que já havia composto várias peças, compôs sua primeira ópera. Mas não nasce um Mozart a toda hora.

Unknown disse...

Eu desconfiaria da capa apelativa, fica difícil pensar em literatura com uma calipígia destas.