Amélie Nothomb
Amélie Nothomb é a escritora belga mais popular neste momento. Ela não nasceu na Bélgica mas no Japão, em Kobe. Em um de seus livros ela diz que até certa idade acreditava piamente que fosse japonesa. O pai, também escritor, era diplomata e estava, durante a infância de Amélie trabalhando na Ásia. Ela e os irmãos foram criados em diferentes países, Japão, China, Birmânia e ainda outros países fora da Ásia, morou um período em Nova Iorque. Como outros filhos de expatriados, ela estudou em escolas internacionais, estando, por este lado, sempre ligada à Europa.
Amélie nasceu em 13 de agosto de 1967, como podem ver na foto é uma mulher bonita e tem um humor negro, um jeito de falar de sua vida e experiências na Ásia que cativa.
Li muitos dos seus livros, de alguns gostei bastante e outros menos. Os meus preferidos são, justamente, os que falam do período asiático. Um destes livros foi transformado em filme, um bom filme, mas nunca ouvi falar dele no Brasil, chama-se Stupeur et tremblements (o livro recebeu o Grand prix du roman de l'Académie française em 1999) e foi traduzido para o português como Medo e Submissão (clique no título para ler a sinopse). Este é um dos meus preferidos e merece um post à parte. A. Nothomb fala perfeitamente o japonês e neste livro que é autobiográfico ela narra a experiência como intérprete numa empresa em Tóquio, quando tinha 22 anos. Uma experiência no mínimo humilhante, tratada com humor negro e sinceridade.
Amélie Nothomb lançou seu primeiro livro em 1992, Hygiène de l'assassin e tornou-se um fenômeno literário, como sempre, há quem goste e quem não goste. Alguns acham que é ‘livro de verão’, desses que a gente leva para a praia, lê ali e pronto, ou seja, entretenimento. Eu não quero julgar, dei boas risadas com alguns, um ou outro achei meio chatinho, sobretudo um que é meio metido a Ficção científica e repleto de diálogos (que vergonha, não estou conseguindo me lembrar do título). Gostei muito de Le sabotage Amoureux que trata do período chinês, quando, aos sete anos a pequena Amélie descobre o amor pela colega de escola (a escola dos europeus), Elena, ‘uma italiana superior e etérea’. A pobre Amélie sofre horrores, mas o leitor ri muito. É a visão de mundo, da China e do amor por uma garota de sete anos.
Bom, isso é só para dar uma pequena idéia sobre ‘a escritora belga do momento’. Vou tentar resenhar os livros dela que li. Para quem arrisca ler em francês pode mergulhar tranqüilo, não são difíceis. Palavra de professora.
quinta-feira, 11 de maio de 2006
Escritores belgas: Amélie Nothomb
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4 comentários:
Vc é mto chic... eu não leio em francês, uma pena, que tal vc traduzir para alguma editora? ofereça. Bj laura
Oi, achei você no blog da Marília. Gostei do seu blog, pretendo voltar. Liniane
Fiquei pensando cacomeusbotões...será que já li algum belga? Cerveja com certeza já tomei...rs
bj.
Gosto demais dela. Demais.
Beijo!
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