quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Estrangeiro - Albert Camus

Esses dias reli L'Étranger, é muito bom pegar um livro tão pequeno, que a gente termina em poucas horas e que te oferece tanto. Uma parte me emocionou, é quando, no momento do enterro da mãe de Meursault - o personagem principal - o senhor Pérez, um dos velhos do asilo que era muito ligado a ela, começa chorar desesperadamente, o autor descreve a cena mais ou menos assim:Lágrimas de raiva e sofrimento rolavam pela sua face, mas, por causa das rugas, elas não escorriam, espalhavam-se, encontravam-se e formavam um verniz de água sobre este rosto destruído.
Eu achei essa imagem linda e triste. Lembrei-me de uma cena de criança, não sei que idade eu tinha, mas era bem nova, de observar muito longamente o rosto de uma senhora, tampouco sei que idade ela tinha, mas era um rosto bem maltratado, muito sol, muita secura....me lembrava um deserto, um deserto que eu nunca tinha visto, mas era assim. Nunca me saiu da memória aquele rosto e imagino que fosse assim o do senher Pérez.
...
Agora estou lendo outro livro pequenininho (gosto de ler livros curtos quando não tenho muito tempo), Vinte e quatro horas na vida de uma mulher, de Stefan Zweig.

Um comentário:

Polly disse...

Tanto tempo eu li "o estrangeiro". Deliciosa leitura, alias. Claro q eu nap me lembrava desta passagem, linda descricao. Bj