Glenda
Contempla, da janela, a baía e pensa novamente em Glenda. Glenda em alguma parte do mundo, buscando não se sabia bem o quê, acrescentando máscaras às suas máscaras. Queria tanto a Glenda.
O seu mundo de escritor era aquela biblioteca, uma janela de onde podia ver o vôo das gaivotas e os barcos. Um mundo infinito. Sim. Um daqueles barcos traria Glenda de volta, aquele mesmo que a levara. Quem sabe? E quando ela passasse pela porta ele estaria mais inteiro que antes, tudo seria recomeço.
Depois que terminasse o café e aquela gaivota preguiçosa alçasse novo vôo, ia sentar-se à escrivaninha e escrever mais um carta a Glenda. Só não sabia para onde enviá-la.
Leila Silva
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Foto Pulau Langkawi -
Malásia 2001
Meu fotolog
4 comentários:
Se eu te ler MUITO, será que aprendo?
Que tal metê-la numa garrafa e lançá-la ao mar? As correntes talvez saibam do paradeiro de Glenda.
Glenda é um nome sonoro. Acho que seria fácil para uma gaivota-correio encontrá-la.
Olha, e mesmo com a bela descrição que tornou um mini-conto... ainda tiinha o mundo (melhor deles) na biblioteca! Eu ficaria feliz!!
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