quarta-feira, 30 de abril de 2008
Em Minas
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Lendo: Invitation to a Beheading
De Nabokov eu tinha lido, como a maioria, Lolita que é um dos meus livros preferidos. Um dos.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Feriado
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imagem: L'Ange Bleu, Denis Nolet.
domingo, 20 de abril de 2008
Love Me Or Leave Me
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Em Curitiba chove uma chuvinha romântica.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
A CASA DAS BELAS ADORMECIDA
Yasunari Kawabata
Além de A Casa das Belas Adormecidas li os seguintes livros de Kawabata: The Dancing Girl of Izu and Other Stories, O País das Neves, Kyoto e agora estou lendo Contos da Palma da mão. Gostei de todos eles, são histórias curtas, normalmente plenas de sensualidade ou são uma reflexão sobre a existência, sobre a velhice, sobre a vida do próprio autor já que muitas das histórias são retiradas do seu diário. A Casa das Belas Adormecidas foi um dos que mais me impressionou e não sei bem a razão, talvez seja a forma, mas pode ser também a ousadia do autor ao tratar o tema da velhice através do personagem Eguchi, um respeitável senhor bem passado dos 60 anos. Este senhor, primeiro tomado por certa curiosidade, começa a freqüentar o local cujo nome é título do livro. Esta casa não é um bordel, entretanto, pelo menos não nos termos convencionais, é um lugar mais de contemplação que de ‘ação’. Os velhos que pagam para passar a noite na casa estão proibidos de ter relações com as garotas que trabalham ali, elas são pagas, na verdade, para dormir e permitir que sejam contempladas no seu sono e beleza. Por vezes, acariciadas, mas muitas regras devem ser seguidas. As meninas não devem saber com quem passaram a noite e dormem profundamente, não um sono natural, mas induzido por um produto que devem tomar, o cliente também pode tomar o sonífero, se desejar.
Um trecho:
“A decrepitude hedionda dos pobres velhotes que procuravam aquela casa ameaçava atingi-lo dentro de alguns anos. Quanto da imensurável amplitude do sexo, da insondável profundidade do sexo ele teria tocado na sua vida de 67 anos? Além disso, em volta dos velhotes nasciam incontáveis peles renovadas de mulheres, peles jovens, de garotas bonitas. Os desejos de sonhos impossíveis, o lamento pelos dias que lhes escaparam e que estavam perdidos para sempre não estariam impregnando os pecados daquela casa secreta? Eguchi já havia pensado que as garotas adormecidas o tempo todo seriam uma eterna liberdade para os velhotes. As garotas adormecidas e mudas certamente lhes falavam tudo que eles gostariam de ouvir.”
Yasunari Kawabata nasceu em Osaka em 1899, estudou Literatura na Universidade Imperial de Tóquio, recebeu o prêmio Nobel em 1968.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
ESTÔMAGO
Olha, o ficha técnica está dizendo que é um drama. Que coisa! Não deixa der ser, mas não pára aí.
FICHA TÉCNICA
Título Original: Estômago
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 112 minutos
Direção: Marcos Jorge
Roteiro: Lusa Silvestri
Música: Giovanni Venosta
Fotografia: Toca Seabra
Produção: Claudia da Natividade (Zencrane); Fabrizio Donvito, Marco Cohen e Gabriele Muccino (Indiana)
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Mais visitas dos isteitis com mais uma um monte de livros magníficos, sobretudo Nabokov e P. Roth. Ok, estes eu tinha pedido. E o tempinho tão propício à leitura por agora, queria me fechar em algum lugar por duas semanas....Não vai dar.
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imagem:European Travel, Arnie Fisk.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Calor em Curitiba.
O cachorro está ali ‘morto’ em cima do sofá, desconfio que ele não gosta muito de calor, mas no frio também se encolhe todo. Acho que é o beagle mais preguiçoso que já vi. Só não é preguiçoso quando a gente propõe um passeio, pula do sofá, dá uma sacudida, ajeita o pescoço para a coleira e começa a pular feito louco. E não gosta de enrolação, uma vez feita a proposta é melhor agir rápido.
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Alergia ou gripe? Não estou respirando bem.
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Lembrete:
Tomar pelo menos
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Foto: Tommy por Aaron.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Xantipa
[Um dos meus contos antigos, antigos...como não ando escrevendo e como estou gripada e sem coragem para nada, aí vai]
‘A mesma paisagem
escuta o canto e assiste
à morte da cigarra’
Matsuo Bashô
Dona Adélia Campos Guimarães, minha patroa, nem responde, os outros também não. Ninguém mais responde e nem ordena: ‘Xantipa vá buscar isso, por favor.’ ‘Xantipa, nós vamos jogar tênis, prepare um lanche para daqui a duas horas, sim?’ ‘Xantipa, vamos jantar às oito horas, prepare os camarões.’
De manhã lhes sirvo café quente, pães, sucos, limpo a mesa, o chão, troco os lençóis, lavo as toalhas, milhões de toalhas que devem estar sempre limpas e cheirosas. Mas tudo isso é pretérito imperfeito, falo no presente por descuido e costume, agora estão todos lá fora, alguns com a boca já cheia de formigas, outros estão ainda na varanda onde lhes servi o camarão bem temperado. Camarão é uma comida estranha e facilmente perecível, eu mesma detesto camarões, sou alérgica, mas eles gostam, digo, gostavam. O Valter não deve ter comido bastante e me deu trabalho. Droga! Esse imbecil bebia tanto que não se importava em comer. Eu devia ter temperado as bebidas também. Da porta vi quando os outros começaram a sentir tonturas, alguns não tiveram a decência de procurar um canto escondido para vomitar e, vendo aquele espetáculo, vomitei também. Não suporto ver gente vomitando, tenho o estômago fraco, ele dá umas reviradas e, como num ato de solidariedade, vomito junto. Valter, que já estava bêbado, não entendia direito aquelas cenas. Alguns correram para o mar procurando, decerto, se refrescar, então, percebendo que não se tratava de uma brincadeira, Valter quis entrar para telefonar, eu empurrei a porta e me tranquei aqui dentro. Ele esmurrou-a e depois tentou as outras portas mas não tinha muita força, desistiu e tentou chegar ao barco, eu o segui e dei-lhe uma cacetada na cabeça. Merda, eu não contava com isso, mas tive que fazê-lo pois com o barco ele poderia, rapidamente, avisar um dos vizinhos. Foi chato isso, pois uma coisa é envenenar comidas, outra é sair distribuindo cacetadas em cabeça de bêbado. Para o envenamento eu tinha me preparado com muita antecedência, tinha estudado e, além disso, era colocar o veneno e esperar agir, já as cacetadas foram todas improvisadas, uma violência. Foi chato, muito chato, mas está feito.
Agora é apagar o que puder dos meus traços, juntar as minhas poucas roupas e desaparecer. Vou amanhã bem cedo antes que os curiosos apareçam por aqui, o telefone tem tocado cada vez mais, os recados preocupados se acumulam na secretária eletrônica. É tempo.
Leila Silva
imagem:Bouquet di Tulipani, Eva Barberini
segunda-feira, 7 de abril de 2008
À la Claire Fontaine
Esta canção faz parte da trilha sonora do filme Despertar de uma paixão. É belíssima e a mesma versão do filme pode ser ouvida no youtube.
M'en allant promener
J'ai trouvé l'eau si belle
Que je m'y suis baigné.
Il y a longtemps que je t'aime,
Jamais je ne t'oublierai.
Fonte: mallemont
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quinta-feira, 3 de abril de 2008
GEN - Pés descalços
Li esses dias os 4 volumes de GEN - Pés descalços. É muito bom, vi em algum blog que uma professora de história estava indicando para os alunos, para que entendessem melhor o que aconteceu em Hiroshima. Achei excelente a idéia, o livro é, em certo sentido, meio didático mesmo, ou se presta a isso. O autor viveu aquele drama, perdeu o pai, irmã, irmão por causa da bomba e, por mais que tenha evitado abordar o assunto em seu trabalho chegou um momento em que ele sentiu necessidade de contar a sua versão. E que versão! É um livro impressionante, com imagens impressionantes, tristes, macabras, mas é um livro pleno de humor e esperança também. Pensar que até outro dia eu não o conhecia, um amigo 'de leituras' me emprestou os 4 volumes e eu os devorei. Um dos volumes tem prefácio de Art Spiegelman, autor de MAUS, outra HQ que eu (e muita gente) adoro.
"Gen é uma dessas raras histórias em quadrinhos que realmente conseguem realizar a mágica: traços em papel que adquirem vida" (Spiegelman)
Mais aqui.
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"A bomba que destruiu Hiroshima era de urânio. Em Nagasaki, eles testaram a de plutônio. Eram bombas sujas. Na década de 1950, houve o teste da bomba de hidrogênio. As pessoas pensam que a bomba nuclear é uma bomba, mas não é. É uma reação em cadeia. Havia um planejamento para uma bomba de cobalto, mas eles acabaram desistindo porque ninguém podia prever até onde essa reação em cadeia iria."
quarta-feira, 2 de abril de 2008
noites
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imagem: Sommeil, Salvador Dali