Sharp… Panasonic… Deus
Passeio na cidade desproibida
Suada… vazia
de sentido
O ônibus vai
e a minha retina retém
todos os letreiros
os números, as formas
disformes paradoxos
os meus ouvidos captam
o silêncio do homem triste
que olha sem ver
a cidade sem sentido
Há quem sorria
um riso educado
desconfortável
Há olhos que se olham
Susto
Sinal desrespeitado
(Talvez chova, faz tanto calor!)
Ponto final
.........
[um poema de 1996]
Imagem: Gustav Klimt, Il bacio.
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