Vi ontem na TV5 um documentário sobre o Brasil. Na abertura mostraram Recife e o frevo. Depois colocaram lá um mapa do Brasil para dar uma dimensão do tamanho da ‘coisa’, mostraram que ali estava o pulmão do mundo (repetindo as expressões), o tantão de água que nós temos, depois foram para o Rio, mostraram algumas bundas, o bonde de Santa Teresa, a Rocinha e violência, violência, violência.
A frase do título foi tirada de um comentário que fizeram sobre a preservação do patrimônio histórico no Brasil.
Lembraram, claro, que o Cristo Redentor é obra do escultor francês, Paul Landowski que é de origem polonesa, mas essa parte foi omitida. Aliás, toda a influência francesa foi mostrada, nem um pio sobre os holandeses, mesmo tendo passado por Recife mais de uma vez. Ok, era um programa para os franceses.
São Paulo foi mostrada em três segundos, do alto. O autor documentário disse que não iam parar ali porque o estilo de vida era muito parecido com o deles, não interessava.
Brasília foi bem mostrada, os franceses parecem gostar de Brasília. E dá-lhe Corbusier e toda a influência francesa, evidentemente.
Depois foi a vez de Olinda, mostraram muito tempo o carnaval, os gigantes. Recife de novo, Salvador, capoeira, yemanjá, cadomblé. De lá foram para Ourro Prrretô, Congonhas do Campo (só os profetas e falaram um pouco de Aleijadinho), São João del Rei. Fizeram a viagem de trem até Tiradentes.
E então foi a vez de Manaus, os mercados de peixe, o teatro Amazonas....influência de quem? Franceses, claro. Disseram que a atriz francesa Sarah Bernhardt (1844-1923) se apresentou lá, eu não sabia disso e tampouco sabia que o teatro era chamado de Teatro da Selva (L’Opéra de la jungle).
Mesmo mostrando os apectos negativos há aquele encantamento do europeu e sobretudo do francês com relação ao Brasil. Erram em algumas análises, é difícil entender, por exemplo, a confusão religiosa no Brasil sem ser brasileiro. Por confusão eu quero dizer aquela liberdade que muitas pessoas têm de, por exemplo, se dizer Kardecista e na hora do casamento ir procurar a igreja católica, ou de frequentar um terreiro e, se precisar, ir à missa de vez em quando. Isso deixa qualquer europeu atordoado, coitado.
A frase do título foi tirada de um comentário que fizeram sobre a preservação do patrimônio histórico no Brasil.
Lembraram, claro, que o Cristo Redentor é obra do escultor francês, Paul Landowski que é de origem polonesa, mas essa parte foi omitida. Aliás, toda a influência francesa foi mostrada, nem um pio sobre os holandeses, mesmo tendo passado por Recife mais de uma vez. Ok, era um programa para os franceses.
São Paulo foi mostrada em três segundos, do alto. O autor documentário disse que não iam parar ali porque o estilo de vida era muito parecido com o deles, não interessava.
Brasília foi bem mostrada, os franceses parecem gostar de Brasília. E dá-lhe Corbusier e toda a influência francesa, evidentemente.
Depois foi a vez de Olinda, mostraram muito tempo o carnaval, os gigantes. Recife de novo, Salvador, capoeira, yemanjá, cadomblé. De lá foram para Ourro Prrretô, Congonhas do Campo (só os profetas e falaram um pouco de Aleijadinho), São João del Rei. Fizeram a viagem de trem até Tiradentes.
E então foi a vez de Manaus, os mercados de peixe, o teatro Amazonas....influência de quem? Franceses, claro. Disseram que a atriz francesa Sarah Bernhardt (1844-1923) se apresentou lá, eu não sabia disso e tampouco sabia que o teatro era chamado de Teatro da Selva (L’Opéra de la jungle).
Mesmo mostrando os apectos negativos há aquele encantamento do europeu e sobretudo do francês com relação ao Brasil. Erram em algumas análises, é difícil entender, por exemplo, a confusão religiosa no Brasil sem ser brasileiro. Por confusão eu quero dizer aquela liberdade que muitas pessoas têm de, por exemplo, se dizer Kardecista e na hora do casamento ir procurar a igreja católica, ou de frequentar um terreiro e, se precisar, ir à missa de vez em quando. Isso deixa qualquer europeu atordoado, coitado.
Nós também temos ‘muitas’ ilusões e idéias preconcebidas a respeito dos europeus, e os americanos têm a respeito de todo mundo. É assim mesmo.
Um comentário:
A ha, como o Manoel Carlos é atento!
Sei não, mas acho que nós somos, sim, mais sincréticos que qualquer um. Nós fazemos a transição entre um terreiro, um passe, missa, culto, mapa astral, benzedura, Yemanjá, Nossa Senhora da Conceição sem nem piscar, sem pensar no assunto. Eles podiam ter mostrado o Maranhao tb. Lençóis, Barreirinhas, Rio Preguiça, S. Luiz, esse nosso país, não tem coisa mais linda. Mas...
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