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O retrato da capa desta edição (abaixo) foi feito pela irmã de Virgínia, a pintora Vanessa, uma das pessoas mais importantes na vida da escritora. Só duas outras pessoas terão, talvez, tanta importância para ela quanto Vanessa, o marido, Leonard Woolf e Vita Sackville-West, aquela que inspirou Orlando.
A Virginia retratada aqui é bastante diferente da personagem representada por Nicole Kidman no filme As Horas. Se bem me lembro, na época fiquei emocionada com o filme e ainda li o livro de Michael Cunningham no embalo. Quando revi o filme fiquei menos emocionada e mais desapontada ainda com a escolha de Kidman para o papel principal. Não tenho nada contra a Kidman, mas achei que ela deu uma péssima Virginia. E aquele nariz postiço?! Era como se tivessem que enfeiá-la ao máximo para o papel….Um exagero. A Virginia de Quentin Bell é uma mulher bonita, espirituosa, por vezes quase fofoqueira. Todo mundo sabe que ela atravessou períodos de depressão profunda, crises nervosas, loucura e que numa dessas ela se matou, é nesse lado que o
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Foi uma surpresa descobrir que V. Woolf é sobrinha neta da famosa fotógrafa Julia Margaret Cameron (1815-1879). Vi, há muito tempo, numa obscura cidade da Bélgica, Charleroi, uma exposição de retratos feitos por ela. Retratos era a sua especialidade. Outra surpresa, saber que Aldous Huxley fazia parte do círculo dos Woolfs.
Apesar do tempo que levei para ler, foi uma leitura memorável e que, tenho certeza, vai me ajudar na compreensão das obras de Virgínia daqui pra frente.
Virginia Woolf – A Biography
By Quentin Bell
7 comentários:
Ficou a dúvida: o livro é maçante? Ou você tinha coisas mais importantes pra ler?
Há tempos e tempos... Talvez por ser uma boa leitura, prolongou-a por um ano, para apreciar o doce lentamente e estender o gozo... Há quem consiga...
Eu queria não precisar trabalhar tanto, para poder ler, ler, ler. E também voltar a escrever. Mas tenho que ganhar algum dinheiro fazendo revisão, muitas vezes de coisas maçantes, mal escritas - e pior, mal pagas, e é preciso fazer uma atrás da outra. Acho que nunca li tão pouco em toda a minha vida.
Forçaram mesmo colocando a Nicole Kidman como Virginia Woolf, foi a coisa de querer dizer que nao pelo fato dela ser bonita que nao pudesse fazer esse grande papel, mas ao mesmo tempo enfeiaram a moça para que fosse aceita.
Querida Leila,
Há uma frase de Sartre que me marcou desde que a li, ainda adolescente. " Angústia é privilégio de quem pensa." Mais de uma vez já me perguntei se privilégio seria a palavra mais adequada ou se, por vezes, maldição não seria um termo melhor escolhido.
Virgínia Woolf sofreu angústias inimagináveis e talvez a morte tenha sido o caminho que escolheu para manter vivo o que ela tinha de mais caro.
Mrs Dalloway foi o primeiro romance que li de Virgínia e me apaixonei pela possibilidade de encontrar uma escrita que opta pela riqueza e imensidão do universo interno, aquele onde os acontecimentos da vida são apenas catalizadores ou outros, mais amplos e complexos.
Fiquei com muita vontade de ler sua biografia pelos comntários lúcidos e pertinentes que você escreveu.
Um beijo saudoso.
Leila, Eu adoro cavucar as curiosidades das vidas de grandes escritores. SAiba que a gente lê de maneira diferente. Minha mãe é fã de Virginia Woolf; eu ainda não li nada dela, mas alguns exertos me dão vontade de saber como é a mente feminina... dela!
Beijos!
Engraçado, eu fiquei tão comovida no filme, até esqueci a Nicole, mas achei a Virginia muito depressiva no filme, talvez fosse menos então,passam amor entre o casal e ela infeliz, aqui tbm tenho uma biografia curta dela, vou ler, ou reler, nem lembro se li, estou assim, que horror:)
é o mesmo livro que tem Callas e outras. bj laura
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