Profano
Sofia estranhou aquela consistência. Meteu os dedos na massa e levou-os à boca só para constatar que o gosto também fugia ao comum. O comum era não ter gosto. Entretanto seguira à risca os ensinamentos da mãe.
Padre Rafael apareceu na porta no momento em que ela lambia os dedos. De bermudão. Sofia enrubeceu. ‘Algo errado?’ Perguntou ele se aproximando. Sem esperar resposta, tomou a mão da moça, enfiou-a de novo na massa, lambeu cada um dos seus dedinhos e sentiu o estremecimento do seu corpo. ‘Não se preocupe, filha, estas hóstias ainda não estavam consagradas.’
Ilustração: Nausikaa
Lord Frederil Leighton
8 comentários:
Almodóvar que o diga! eheheheh...
Eu adoro estas verdades celibatárias! Tenho um pequeno conto tb relacionado a isso! Gostaria de recebê-lo?
tquintellademattos@yahoo.com.br
uau! bravíssimo!
um beijo daqui.
Bárbaro! Bárbaro!
Eu queria escrever coisas assim... per-fei-tas!
Acabo de ver teu comentário lá no Língua. Já faz um mês que começo textos e não gosto de nehum por isso pedi ajuda ao Cortázar.
Da mais fina estampa, como se costuma dizer. òtimo conto, Leila.
Querida, tu gosotu do programa do Terra?
Muito bom esse teu texto. adorei!
Beijos=**
Gostei muito, tá na hora de reativar o geosex. Vc tá afiadinha
bjs
Estou lendo os mini-contos...realmente ótimos. Que clima e que precisao!
Bjs
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