domingo, 29 de maio de 2005

Um poema antigo

Café Expresso

que seja quente
por favor
toda noite fria
termina com um café
expresso a minha dor
deixando as lágrimas
rolarem suaves
nada nesse café
é menos triste
que a minha dor
todas as faces
vincadas de tormento resignado
olhos crispados de desamor
uma angústia silenciosa
ronda cada peito
a mão soberana
ergue uma Stella Artois.
a temperatura lá fora
é sempre a mesma
aqui dentro é sempre outra

(06/03/96, Bruxelas)

Leila Silva

Um comentário:

Edison Veiga disse...

Olá, Leila.
Vim aqui para retribuir a visita e olha só o que vejo: um blog recheado de textos lindíssimos!
Voltarei mais vezes.
É um prazer.