quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Exército americano e suicídio


[Eu já tinha lido sobre os suicídios dos soldados americanos, o número é tão elevado que, em princípio acreditei que fosse um exagero. Parece qu enão é. Esse texto abaixo eu retirei do Briteiros.]

No exército americano também há suicidas

George W. Bush costuma dizer que só os terroristas se suicidam; que os terroristas suicidas “não são como os nossos; não dão valor à vida como nós damos”. Santa ironia, santa ignorância. Uma investigação da CBS News revela que, em 2005, se suicidaram 6.256 efectivos que haviam participado nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Uma média de 120 por semana, sete em cada dia. E isso num só ano: quase o dobro dos que caíram em mais de quatro anos de conflito. A investigação da CBS News durou cinco meses. Reuniu informações de várias fontes oficiais, consultou especialistas e comparou as taxas de suicídios dos ex-combatentes com as do resto da população. Padeciam do chamado stress pós-traumático, uma generalidade que pode englobar muitas coisas: horrores do combate, crimes cometidos ou vistos cometer, desilusões da “liberdade e democracia” que era suposto levarem a esses países, angústias, pesadelos, remorsos, ... Um outro estudo, publicado pela Reuters revela que mais de 25 por cento dos efectivos em actividade e 50 por cento dos reservistas, que regressaram a casa, apresentam sintomas de perturbações mentais. Penny Coleman, viúva de um veterano do Vietname, escreveu um artigo difundido nesta 2ª Feira pelo Independent Media Institute — um organismo que apoia o jornalismo independente — “Há algo de superioridade, tão arrogante, na maneira como falamos nos atacantes suicidas e nas culturas que os produzem. E assoma um sentimento inquietante: Em 2005, 6.256 veteranos americanos puseram fim à vida. Nesse mesmo ano, houve cerca de 130 mortes documentadas de atacantes suicidas no Iraque. Façam as contas. A proporção é de 50 para 1. Quem são então os mais eficazes na criação de uma cultura do suicídio e do martírio? Se George Bush tem razão quando diz que é o desespero, o desleixo e a pobreza, que impele essa gente a cometer tais actos, não são os americanos quem mais se pode gabar de um melhor desempenho nessa matéria?”. E neste caso, não são fiéis do Islão nem árabes, que W. tanto despreza, mas sim — à excepção dos psicopatas que sempre existem — pessoas que se alistaram por pobreza ou à procura de oportunidades de carreira... e não porque queriam matar civis.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Leiloca! Já tinha lido algo a respeito. E, dia desses, uma coincidência literária me chamou a atenção: a semelhança dos nomes Rumsfeldt com Renfield, de Drácula: ambos insanos às ordens de seus mestres. Beijão. E aparece!

Polly Etienne disse...

uau...eu não sabia disso não:(
bjs

Allan Robert P. J. disse...

O suicídio entre soldados americanos é muito maior que o tapete do governo americano. Toda hora aparece algo que eles preferiam esconder.
O que começa mal, termina mal. A lavagem cerebral e o insistente trabalho dos recrutadores do Tio Sam fazem parte de uma manual. Quem consegue atingir as metas de recrutamento ganha pêmios e reconhecimento. Quando o jovem, geralmente pobre e mal-informado, descobre que assinou um contrato para matar e que o deverá cumprir até o fim, muitas vezes não resistem. Não importa, o trabalho deles é somente fazer volume para assustar o inimigo. Morrer - em um confronto militar ou por suicídio - é um efeito colateral aceito.

Sair do Brasil disse...

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