segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Leituras


Melhores e piores leituras de 2009


Melhores


Romances:

  • Os Irmãos Karamazov - Dostoiévski
  • Le désert des Tartares - Dino Buzzati
  • Everyman – P. Roth
  • La pluie d’été – Marguerite Duras
  • Le Pigeon - P. Suskind
  • Les Mandarins – Simone de Beauvoir
  • O Castelo dos Destinos cruzados – Ítalo Calvino


Ensaios :

  • Comment parler des livres que l'on n'a pas lus - Pierre Bayard
  • Down and Out in Paris and London - George Orwell

Memórias:

  • The Glass Castle - Jeannette Walls


Piores:

  • Travesuras de la Niña Mala - M. V. Llosa
  • Antéchrista – Amelie Nothomb

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Todos estes livros eu li pela primeira vez, não vou considerar as releituras, se reli é porque o livro representava bastante para mim, evid

entemente.

Os Irmãos Karamazov eu deveria ter lido há muitos anos, deveria estar relendo agora, mas assim é a vida...e antes tarde do que nunca. Eu o coloquei no topo da minha lista porque acho que foi mesmo o livro mais importante deste ano. O resto foi difícil selecionar, a partir do segundo a ordem não quer dizer muito.

Le Désert des Tartares (o deserto dos Tártaros) é um livro maravilhoso que eu começaria a reler agora mesmo se a edição que tenho aqui não fosse tão ruim, quer dizer, é um livro de bolso que devo ter comprado em algum sebo (honestamente não sei de onde ele vem, talvez alguém tenha me repassado), a fonte dele é minúscula (e eu muito míope e outras coisas mais), sofri muito para chegar ao final, mas valeu a pena. Não sei se cheguei a comentar essa leitura aqui no blog. Enfim, não vou comentar os livros em si (talvez em outro momento) porque isso significaria muito tempo, ir lá procurar os livros, folhear, correr o risco de começar a ler e...lá se foi o post, nunca mais termino.

Everyman eu li há poucas semanas, até hoje não me arrependi de nenhum p. Roth e esse foi um dos melhores dele que eu li. Triste, triste, triste. Good good good.

La pluie d’été é um livro impressionante que eu comentei aqui, Marguerite Duras é outra escritora que nunca me desapontou.


Les Mandarins estava há tempos nos meus projetos de leitura e estou contente de finalmente ter cumprido a missão. Não vou dizer que estou morrendo de vontade de reler o livro, mas foi importante para mim, até mesmo profissionalmente (well, não sei quantos alunos de francês estariam interessados na leitura dos seus professores, talvez seja ilusão minha). Este também eu comentei aqui.


Le Pigeon eu considero uma descoberta. É um livro bem pequeno, uma centena de páginas, é do mesmo autor de O Perfume, mas bem melhor, se ainda me lembro de alguma coisa deste último. Eu considero uma descoberta porque o comprei por puro acaso num sebo em Bruxelas em julho deste ano, não tinha a mínima idéia do que podia ser, não conhecia nada do Süskind além de O Perfume.

O Castelo dos destinos cruzados. Já preciso reler, infelizmente não deixei nada anotado sobre ele, achei uma leitura difícil, mas muito agradável ao mesmo tempo.

Down and out in Paris and London eu comentei aqui.

Comment parler des livres que l'on n'a pas lus. Não comentei esta leitura aqui? Como não? Preciso fazê-lo urgente. Este eu ganhei de presente da minha irmã e ele já está separado para reler, quer dizer, ele nem saiu de perto da minha cama. Não se deixem iludir pelo título deste livro: Como falar dos livros que não lemos, na verdade é um livro para leitores, é um livro sobre livros, sobre a maneira como nos relacionamos com eles e como relacionamos – ou deveríamos – um livro a outro e sobre a pergunta ‘O que é ler?’ Ler é mais do que passar os olhos sobre as páginas de um livro, não é mesmo?

The Glass Castle foi um livro que veio parar meio por acaso na minha estante (minhas visitas from USA). Eu não estava pensando em ler até que me deparei com um comentário no blog Caminhar e gostei muito no final das contas. É um livro de memórias de uma família muito atípica. Pelo jeito eu não comentei a leitura aqui, mas é só ir lá no Caminhar. Infelizmente tive pouco tempo este ano, tinha que escolher entre continuar lendo e comentar.

Travesuras de la Niña Mala foi a minha grande decepção, achei de uma chatice torrencial, nem sei porque fui até o final. Comentei aqui.

Antéchrista é bem chatinho também, mas não me aborreceu tanto quanto o Travesuras porque é bem curtinho, li numa noite na Bélgica, fui dormir na casa do meu cunhado e me esqueci de levar um livro, havia uns 3 no criado mudo e eu escolhi este porque conheço bem a autora e porque eu conseguiria terminar a leitura senão naquela noite, pela manhã.

Felizmente são só dois na lista dos piores, é claro que há muitos ‘mais ou menos’, mas não é necessário listar. Tenho certeza que devo ter esquecido algum livro de contos, afinal adoro contos e não estou conseguindo me lembrar de nenhum para a lista. Esse é o meu balanço das leituras deste ano que termina dentro de 3 dias. Espero ter mais tempo para ler e para comentar em 2010.

...

Nas fotos:Dostoiévski, Marguerite Duras.,Simone de Beauvoir.

4 comentários:

anjobaldio disse...

Boas festas para você e muita criatividade ano que vem.

Gilberto G. Pereira disse...

Leila, feliz Ano Novo pra você também, que os livros nos acompanhem em 2010 e tudo mais de bom. Obrigado pelas visitas ao meu blog e pelos comentários.
Grandea braço!

Alexandre Kovacs disse...

Maravilhosa postagem como sempre e desejo um ótimo 2010 para você e sua família, espero sinceramente que possamos continuar com esta amizade virtual, mas verdadeira!

Ricardo Duarte disse...

Leila,
De sua seleção, só li o do Dostoiévski, que é um dos meus livros preferidos (de sempre!). Para mim, só aquela sequência no bar entre Ivan e Aliocha já seria inesquecível - e há tantas outras coisas...

Obrigado pelas visitas!

Feliz 2010! ;)

Beijos