Edward Norton foi indicado ao Oscar por esse papel.
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J. D. Salinger, who was thought at one time to be the most important American writer to emerge since World War II but who then turned his back on success and adulation, becoming the Garbo of letters, famous for not wanting to be famous, died Wednesday at his home in Cornish, N.H., where he had lived in seclusion for more than 50 years. He was 91.
Mr. Salinger’s literary representative, Harold Ober Associates, announced the death, saying it was of natural causes. “Despite having broken his hip in May,” the agency said, “his health had been excellent until a rather sudden decline after the new year. He was not in any pain before or at the time of his death.”
continua aqui
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Estou quase terminando a leitura da biografia de Marguerite Yourcenar, autora que aprecio desde que li, há muitos anos, Memórias de Adriano e depois A Obra em Negro...Espero reler os dois em breve e em francês, já que na primeira vez li em português.
Marguerite teve uma vida interessante de ler, na verdade eu gosto de biografias de escritores, mas a dela é particularmente deliciosa. Era uma mulher de extrema inteligência, nunca botou os pés numa escola, foi educada em casa, pelo pai (a mãe morreu quando ela era ainda um bebê) e às vezes, por professores contratados. Fez o BAC (exame francês), mas passou com nota 'razoável'. Ao que parece pensava em fazer Letras ou filosofia, não se sabe se os resultados dos exames a desanimaram ou se preferiu mesmo outros caminhos, as viagens, por exemplo. Foram muitas: Grécia, Itália, França, Bélgica (país onde ela nasceu), Inglaterra e muitos outros.
O pai era um bom leitor e permitia que Marguerite tivesse acesso à sua biblioteca, sem restrições, o que irritava alguns membros da família que achavam que ele devia selecionar o que a menina podia e devia ler. Assim cresceu ela muito livre, uma personalidade autoritária até. Começou a viajar cedo, com o próprio pai que a deixava nos hotéis e ia para os cassinos e assim foi acabando com boa parte da fortuna da família. Marguerite parecia não se importar muito com este detalhe.
Marguerite, embora tenha tido paixões também por homens, viveu a maior parte de sua vida com mulheres, a mais longa dessas relações foi com Grace Frick, mais de 40 anos. Viveram juntas nos Estados Unidos, Marguerite Yourcenar adquiriu a nacionalidade americana. Ela conheceu Grace em Paris, em um café aonde Marguerite ia, aparentemente, para encontrar mulheres. Grace traduziu alguns trabalhos de Marguerite para o inglês e a ajudava também na organização dos papéis, cartas, anotações.
Outro detalhe importante da biografia (que eu já sabia muito antes de ler aqui) é que M. Yourcenar foi a primeira mulher a fazer parte da Academia francesa, isso em 1980. Agora, o que eu não sabia é que, mesmo tendo sido tão tarde a entrada da primeira mulher ali, isso não se fez sem muita briga, muitos rumores, muita polêmica. E tem gente que ainda acha que as mulheres reclamam à toa, ok! É neste capítulo da entrada na academia que estou agora, cito um fato estarrecedor (pelo menos para mim), Claude Lévi-Strauss foi terminantemente contra a entrada dela na confraria alegando o seguinte “Não se mudam as regras da tribo”.