sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Poema da sexta-feira

O último poema


Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Manuel Bandeira

2 comentários:

Cláudia disse...

ai,tão lindo que quase dói...
adorei!
bom fim de semana!

Franck disse...

E eu queria que esse fosse o primeiro poema que leio por aqui, e será, pq voltarei...posso seguí-la?
Bjs*