sexta-feira, 30 de abril de 2010
O Poema da sexta-feira
It makes no difference abroad,
The seasons fit the same,
The mornings blossom into noons,
And split their pods of flame.
Wild-flowers kindle in the woods,
The brooks brag all the day;
No blackbird bates his jargoning
For passing Calvary.
Auto-da-fe and judgment
Are nothing to the bee;
His separation from his rose
To him seems misery.
Emily Dickinson
...
Obs: Infelizmente não encontrei uma tradução e não ouso fazer uma eu mesma.
domingo, 25 de abril de 2010
Hoje é domingo
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Continuo a leitura de A Montanha Mágica, estou na metade do livro, precisamente na página 530. É longo e fico tentada a ler outras coisas enquanto isso, às vezes leio um conto de Kawabata ou uma novela de Conrad, mas não quero me afastar da Montanha, não quero ficar um ano lendo ou ter que retomar a leitura por ter deixado o livro de lado muito tempo. Já fiz muito isso. Além do mais estou adorando o livro, a leitura não é fácil, mas também não é difícil, flui tranquila, já criei intimidade com os personagens. Até aqui a história se passa basicamente no sanatório para tuberculosos , em Davos, Hans Castorp, o personagem principal, vai ao sanatório visitar o primo Joachim que está se tratando ali. Era para ser uma visita rápida, três semanas, mas Hans Castorp termina, ele também, meio prisioneiro daquele lugar. A história começa em 1907, ou seja, pouco antes da primeira guerra, momento crucial na Alemanha. Ok, um dos momentos cruciais da Alemanha. Ao que parece, nessa época os dois irmãos Mann não estavam em bons termos porque Thomas tinha uma visão bem mais conservadora sobre o papel político da Alemanha do que o irmão, Heinrich, felizmente Thomas Mann reconsidera a sua posição depois de algum tempo.
Acrescento como curiosidade que a mãe de Thomas Mann, Julia da Silva Bruhns, era brasileira, João Silvério Trevisan escreveu um romance baseado na vida dela, o título é Ana em Veneza, eu o li há alguns anos e gostei muito.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
o poema da sexta-feira
Mamãe.
Eu quero ser de prata.
Filho,
terás muito frio.
Mamãe.
Eu quero ser de água.
Filho,
terás muito frio.
Mamãe.
Borda-me em tua almofada.
Isso sim!
Agora mesmo!
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Cancíón tonta
Mamá.
Yo quiero ser de plata.
Hijo,
tendrás mucho frío.
Mamá.
Yo quiero ser de agua.
Hijo,
tendrás mucho frío.
Mamá.
Bórdame en tu almohada.
¡Eso sí!
¡Ahora mismo!
Federico GARCIA LORCA
Trad. William Agel de Melo
domingo, 18 de abril de 2010
Cuidado com o peso e a forma
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Os romances que ninguém deve morrer sem ler
Harold Bloom
O crítico Harold Bloom selecionou apenas dez títulos
A cartuxa de Parma – Stendhal
Emma – Jane Austen
Grandes esperanças – Charles Dickens
Crime e castigo – Dostoievski
Retrato de uma senhora – Henry James
Em busca do tempo perdido – Marcel Proust
A montanha mágica – Thomas Mann
Moby Dick – Herman Melville
Enquanto agonizo – William Faulkner
O leilão do lote 49 – Thomas Pynchon
Fonte: Revista Época
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Estou, neste momento, lendo A Montanha Mágica, mas não por causa da lista do Bloom (por causa da minha própria lista), é um livro que eu queria ler há tempo. O engraçado é que li em mais de um lugar que A Montanha Mágica não é a obra mais importante de Mann, mas foi a única dele que o H. Bloom colocou na lista. Será que ele não leu os outros? Brincadeira....
Exportadora de implantes mamários é investigada por fraude no silicone
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As investigações abertas pela promotoria de Marselha, sul da França, se somou a uma primeira queixa apresentada por uma mulher em 2009 acusando os implantes de "colocar em perigo a vida do próximo".
A Poly Implant Prothese, que até há alguns anos era o número três do setor, sofreu um revés aparentemente irreversível nas últimas duas semanas.
No final de março, a Agência de Segurança Sanitária de Produtos de Saúde francesa (AFSSAPS) suspendeu o uso dos implantes mamários do gel de silicone desse fabricante e pediu sua retirada do mercado.
A autoridade de saúde baseou a decisão em uma frequência de ruptura do envoltório desses implantes mais elevada do que em outros produtos do gênero que também contém gel de silicone, e em reações inflamatórias locais.
Aparentemente, a PIP usava um silicone diferente do declarado.
No geral, estes implantes têm uma vida de 10 anos.
Segundo Jean Claude Ghislain, diretor de avaliação de dispositivos médicos da AFSSAPS, estas rupturas geralmente passam despercebidas por falta de sintomas, por isso a necessidade de que as mulheres que se submeteram a esse implante façam controles médicos periódicos.
Das 500.000 mulheres que se viram submetidas na França a implantes mamários com silicone - composição que voltou ao mercado em 2001 -, 30.000 delas utilizaram implantes fabricados pela sociedade Poly Implant Prothese.
Depois da recomendação da AFSSAPS de que as mulheres que usam implantes mamários dessa fábrica se submetam a uma ecografia anual, as autoridades sanitárias da Argentina e do Chile decidiram retirar o produto do mercado.
A abertura de uma instrução por parte da promotoria de Marselha coincide com a decisão do tribunal do Comércio de Tolón, também no sul da França, de declarar a empresa em falência.
Os 120 funcionários da Poly Implant Prothese reclamam de 10.000 a 15.000 euros de indenização e ameaçam atear fogo à fábrica que ocupam há duas semanas.
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fonte: yahoo notícias
sexta-feira, 9 de abril de 2010
o poema da sexta-feira
Era um recanto onde um regato canta
Doidamente a enredar nas ervas seus pendões
De prata; e onde o sol, no monte que suplanta,
Brilha: um pequeno vale a espumejar clarões.
Jovem soldado, boca aberta, fronte ao vento,
E a refrescar a nuca entre os agriões azuis,
Dorme; estendido sobre as relvas, ao relento,
Branco em seu leito verde onde chovia luz.
Os pés nos juncos, dorme. E sorri no abandono
De uma criança que risse, enferma, no seu sono:
Tem frio, ó Natureza – aquece-o no teu leito.
Os perfumes não mais lhe fremem as narinas;
Dorme ao sol, suas mãos a repousar supinas
Sobre o corpo. E tem dois furos rubros no peito.
Arthur Rimbaud
Traduçao de Ivo Barroso
sábado, 3 de abril de 2010
Mais estranho que a ficção
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sexta-feira, 2 de abril de 2010
O Poema da sexta-feira
Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.
Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.
No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.
O córrego chora.
A voz da noite . . .
(Não desta noite, mas de outra maior.)
Manuel Bandeira
Petrópolis, 1921