sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Poema da sexta-feira

Death
(William Butler Yeats)

Nor dread nor hope attend
A dying animal;
A man awaits his end
Dreading and hoping all;
Many times he died,
Many times rose again.
A great man in his pride
Confronting murderous men
Casts derision upon
Supersession of breath;
He knows death to the bone -
Man has created death.

Morte
(Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos)

Medo não tem, nem esperança,
Um animal a agonizar:
Aguarda um homem o seu fim,
Tudo a temer, tudo a esperar;
Já muitas vezes morreu ele,
As muitas vezes retornando.
Em seu orgulho, um grande homem,
Homens que matam enfrentando,
Sobre a substituição da vida
Atira um menosprezo forte;
Sabe ele a morte até os ossos
- Foi o homem quem criou a morte.

...

Fonte: Mundo de K.

2 comentários:

Allan Robert P. J. disse...

Infelizmente a poesia perdeu muito espaço. Não forma poucos os que nos obrigaram a ler obras com ritmo, métrica e rimas, mas carentes da essência da verdadeira poesia, que é a capacidade de fazer-nos refletir e relembrar por dias, anos.

Alexandre Kovacs disse...

Leila, obrigado pela citação. Importante não esquecer que foi o homem que criou a morte!