"Quando eles perguntavam a qualquer velho filósofo romano como ele queria morrer, dizia que rasgaria as veias, num banho quente. Achei que seria fácil, deitada na banheira e vendo a vermelhidão florir dos meus pulsos, jorro após jorro penetrando na água limpa, até que eu me afundasse no sono sob a superfície rubra como papoulas. Mas quando cheguei às vias de fato, a pele do meu pulso parecia tão branca e indefesa que não consegui nada. Era como se o que eu quisesse matar não estivesse naquela pele ou naquele pulso magro e azulado que latejava sob o meu polegar, mas sim em algum outro lugar, mais profundo, mais secreto, e muito mais difícil de ser alcançado."
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Estava dando uma olhada nos posts antigos e resolvi publicar de novo este trecho, o primeiro contato que tive com a obra de Sylvia Plath foi através deste livro. Li na casa da minha prima em Londres, numa de minhas visitas, ela disse que tinha sido obrigada a ler o livro num dos cursos de inglês, mas não tinha gostado. Well, eu gostei muito.
Um comentário:
Leila, obrigado pela citação ao Mundo de K, fiquei muito contente.
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