quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Entrevista com A. Lobo Antunes



Muito interessante esta entrevista com A. Lobo Antunes no Globo.
Esta aí um escritor completamente 'virgem' para mim. Infelizmente ainda não li nada da obra dele, devia ter lido, certamente, mas há muita coisa que eu devia ter lido e que ainda não li. C'est la vie. Nesta entrevista ele conta que é descendente de brasileiros do Pará, que é primo de Edu Lobo, fala do gosto pela literatura brasileira, que o Jorge Amado é injustiçado no Brasil e etc e tal. Vale a pena escutar.
"Quer escrever prosa? Leia poesia." A.L.A.

5 comentários:

Laura_Diz disse...

Menina, tb não conheço este autor- sou mto ignorante.
Feliz 2008 para vcs, que tenham um ano cheio de alegrias, grandes e pequenas.
Bjs Laura

Liz / Falando de tudo! disse...

Adoro visitar blogs, passei no teu e não posso deixar de dizer que vou voltar!
O meu blog é novinho, ainda não tem uma identidade...mas no minimo é curioso, se quiser me visitar, terei honra em receber você!
Liz

Anônimo disse...

Minha amiga, eu sou louco por Lobo Antunes! O cara manda muito bem. Tu precisas ler as crônicas dele. Os romances são mais difíceis, mas as crônicas são o que existe de melhor neste gênero (o meu preferido). Procure os lívros de crônicas dele (existem 3)são bárbaros.
Há braços!!
Mauro Castro

Alexandre Kovacs disse...

Leila, por coincidência o Polzonoff postou recentemente sobre Lobo antunes e repito o meu comentário aqui.

Quem escreve um parágrafo da forma como Lobo Antunes construiu a abertura a seguir merece o Nobel:

“Luanda começou por ser um pobre cais sem majestade cujos armazéns ondulavam na umidade e no calor. A água assemelhava-se a creme solar turvo a luzir sobre pele suja e velha que cordas podres sulcavam de veias ao acaso. Negros desfocados, no excesso de claridade tremula, acocoravam-se em pequenos grupos, observando-nos com a distração intemporal, ao mesmo tempo aguda e cega, que se encontra nas fotografias que mostram os olhos voltados para dentro de John Coltrane quando sopra no saxofone a sua doce amargura de anjo bêbedo, e eu imaginava diante dos beiços grossos de cada um daqueles homens um trompete invisível, pronto a subir verticalmente no ar denso como as cordas dos faquires.”

António Lobo Antunes - “Os cus de Judas” (1979)

Anônimo disse...

A família paterna de Edu Lobo (Fernando Lobo) é pernambucana, inclusive Edu Lobo passava todas as férias infantis no Recife, daí compor tão lindos frevos. É um dos meus compositores preferidos, mas desconheço o primo.
Ler poesia humaniza.
Manoel Carlos