domingo, 31 de dezembro de 2006
Contos para ler ouvindo música
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Veiled meanings
Retirei este cartoon da revista Bitch - Feminist response to polp culture. Winter 2005.
Goiás Velho
Uma cidadezinha que eu adoro, Goiás velho. Estas fotos eu tirei em agosto de 2003. Já estive lá muitas vezes. Uma vez tinha um doido muito engraçado na praça, decidiu que ia 'vigiar' o nosso carro, nós andamos pela cidade e depois fomos beber num bar em frente à praça, o doido, pensando, que já íamos embora, foi correndo entusiasmado para o lado do carro, quando viu que nós estávamos tranquilos bebendo, começou a repetir: 'Até que horas que eu vou ter que vigiar essa furreca?' Todo mundo morria de rir e o doido, feito criança, encorajado pelas risadas, continuava soltando outras, chamando um dos meus amigos de boiola, por exemplo.
Como todo mundo deve saber em Goiás velho tem a casa da Cora Coralina, eu gosto da casa. Da escritora, infelizmente, não conheço muita coisa. Tinha um professor de literatura meio 'malvado' que dizia que ela era melhor doceira do que poeta.
Meu fotolog
....
Erotic Stories by women, resenha minha no RoseLivros.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Pinochet já chegou ao paraíso
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
O filme Filhos da Esperança é baseado na obra de P. D. James, levemente baseado, ao que parece. Eu entrei no cinema no escuro, não que eu tenha chegado atrasada, quero dizer que não sabia absolutamente NADA do filme. Sabe aqueles dias que a gente decide: “Hoje eu vou ao cinema!” Foi assim. E não tinha muita escolha, daí vi os nomes de Michael Caine e Julianne Moore. Gosto dos dois, decidi. O filme é muito interessante, mas quando cheguei em casa li um pouco sobre ele na internet e vi muita gente dizendo que é perfeito. Perfeito eu não achei, achei até meio confuso em algumas partes. A ação se passa no futuro, um futuro sem crianças, por alguma razão as mulheres não podem mais ter filhos. O garoto mais jovem do mundo é um argentino de 18 anos. Era, porque nas primeiras cenas do filme esse garoto é assassinado por um fã o que causa uma comoção internacional. O filme é dirigido por Alfonso Cuarón, o mesmo que fez "E Tua Mãe Também". Nada mal como como referência.
O ano é 2027 e o cenário é Londres. Uma Londres suja, feia onde os ilegais são tratados como animais, postos numas gaiolas e enviados para campos de concentração. Nem tudo é tragédia, porém, no meio do caos, uma moça aparece grávida dando nova esperança para a perpetuação da espécie.
sábado, 9 de dezembro de 2006
Clarice Lispector (1920-1977)
morte 09/12/1977
Curiosidades:
Clarice traduziu para língua portuguesa falada no Brasil, em 1976, o livro Entrevista com o Vampiro, da autora estadunidense Anne Rice.
Fonte: Wikipedia
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
RoseLivros.
E também no Rose:
Retrato do artista quando velho. Resenha de Claudinei Vieira - Desconcertos.
Lasar Segall por Vera do Val - Rose Rose Rosebud.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Segunda-feira, chuva lá fora, uma p. dor de cabeça desde ontem...e as moscas volantes na frente dos olhos. O domingo foi tão bonito...
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No Briteiros:
Pinochet já recebeu a extrema-unção
E "prontos", fica tudo perdoado...
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
1-O vendedor de redes parou, jogou as redes no chão e disse: Olha, eu tô cansado dessa rotina, viu? Todo dia uma cidade diferente.
......
2-Então, amanhã também tem, é, amanhã vai ser ótimo, você tem que ir. Isso, vai sim. Escuta, você não tem uma ovelhinha pra levar não?
[Ovelhinha???? Acredite, eram duas religiosas conversando....]
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A Presidência Lula - Passos e Tropeços por Aluízio Alves Filho – Revista Achegas
'Point to Point Navigation': luminar desdenhoso ofusca astros por Janet Maslin - The New York Times. Tradução: George El Khouri Andolfato.
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Cadê os plural?
É só impressão minha, ou está cada vez mais difícil ouvir plurais ortodoxos? Aqueles de antigamente, arrematados com um "s" - plurais tradicionais, quatrocentões? Os plurais agora estão cada vez mais enrustidos, dissumulados, problemáticos. Cada vez menos plurais são assumidos. Os plurais agora precisam ser subentendidos.
Verdade seja dita: não somos os únicos no mundo a ter problemas com a maldita letra "s" no final das palavras. Os franceses, debaixo de toda aquela empáfia, há séculos desistiram de pronunciar o "s" dos plurais. No fracês oral, o plural é indicado pelo artigo, e pronto. Ou seja: eles falam "as mina" e "os mano" desde que foram promovidos de gauleses a guardiães da cultura e da civilização.
Os italianos também não podem com a letra "s" no fim das palvras. Fazem seus plurais em "i" e em "e" dependendo do sexo, ops, do gênero das palavras. Quando a palavra é estrangeira, entretanto, eles simplesmente desistem de falar no plural: decretaram que termos forasteiros são invariáveis, e tudo bem. Una foto, due foto; una caipirinha, quattro caipirinha. Quattro caipirinha? Hic! Zuzu bem!
Os alemães, metódicos que só, reservaram o "s" justamente a esses vocábulos estrangeiros que os italianos permitem que andem por aí sem plural. Com as palavras do seu próprio idioma, no entanto, os alemães são implacáveis. As palavras mais sortudas ganham apenas um "e" no final, mas as outras são flexionadas com requintes de tortura - com "n" (!) ou com "r" (!!), às vezes cem conjunto com um trema (!!!) numa vogal da penúltima sílaba (!!!!), só para infernizar a vida dos alunos do Instituto Goethe ao redor do planeta.
Práticos são os indonésios, que formam plural simplesmente duplicando o singular: gado-gado, padang-padang, ylang-ylang. Pelo menos foi isso que eu li uma vez. (Claro que não chequei a informação. Eu detestaria descobrir que isso não é verdade.) Já pensou se a moda pega aqui, feito aquele pavoroso cigarro de cravo? Um chopps e dois pastel-pastel.
Nem mesmo nossos primos de fala espanhola escapam da síndrome dos comedores de plural. Os andaluzes e praticamente todos os latino-americanos também não são muito chegados a um "s" final. Em vez do "s" ríspido e perigosamente carregado de saliva dos madrilenhos (que chiam quase tanto quanto os portugueses) , eles transformaram o plural num acontecimento sutil, perceptível apenas por ouvidos treinados. Em Sevilha, Buenos Aires ou em Santo Domingo, o "s" vira um "h" aspirado - lah cosah, lah personah, loh pluraleh.
Entre nós, contudo, a mutilação do plural não tem nada a ver com sotaques ou incapacidade de pronuncia fonemas. Aqui em São Paulo, a falta de "s" é um fenômeno sociocultural. Os pobres não falam plural por falta de cultura. Da classe média para cima, deixamos o plural de lado quando há excesso de intimidade. É como se o plural fosse algo opcional, como escolher entre "você" e "senhor". Se a situação exige, você vai lá e aperta a tecla PLURAL. Se a conversa for entre amigos, basta desligar, e os esses desaparecem em algum ponto entre o cérebro e a boca.
O que se deve fazer? Uma grande campanha educativa, com celebridades declarando que é chique falar os plurais? Lançar pagodes e canções sertanejas falando da dor-de-cotovelo causada por não usar "s" no final das palavras? Ou contratar um grupo de artistas alternativos para sair pichando nos muros por aí uma mensagem persuasiva? Tipo assim: OS MANOS E AS MINAS?
domingo, 26 de novembro de 2006
Olhos
“Moscas Volantes, ou muscae volitantes (Latim: "moscas esvoaçantes"), são fenômenos entópticos caracterizados por formas semelhantes a sombras que aparecem sozinhas ou junto com muitas outras no campo visual do indivíduo. Eles podem ter a forma de pontos, linhas, ou fragmentos de teias de aranhas, que flutuam vagarosamente em frente aos olhos.”
“As moscas volantes estão suspensas no humor vítreo, o fluido viscoso ou gel que preenche o olho.” Curioso o nome, curiosa a coisa. Esse ‘humor vítreo’ eu achei até bonito.
Ao que parece eu vou me acostumar com essa ‘sombrinha’ sempre aqui, logo vou saber mais.
As informações que colei aqui foram retiradas do Wikipedia.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
[Fraseologia das tragédias gregas]
"O bem mais desejável é inacessível ao homem porque é jamais ter nascido. E o segundo é retornar o mais breve possível para lá de onde se veio."
[Fraseologia das tragédias gregas]
Retirado de cronopios
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
sábado, 18 de novembro de 2006
Bélgica x 2 ?
Os quase três anos que passei na Bélgica serviram-me para passar de um estado de incompreensão sobre as rivalidades comunitárias no país para um estado de incompreensão sobre a existência do próprio país.Dois exemplos para ilustrar o que quero dizer: uma colega americana colocava os sacos do lixo à porta e ninguém os recolhia. Após uma aturada pesquisa descobriu que, como morava numa região flamenga, os sacos do lixo não podiam ter escrito “saco do lixo” em francês. Quando um polícia de origem flamenga me estendeu uma multa de estacionamento escrita em neerlandês, recusei. Acabou por confessar que não sabia escrever francês e pediu-me para que eu redigisse a minha própria multa (!?). Recusei de novo e poupei 250 francos.Como é que o País funciona? Não funciona. Há governos regionais, parlamentos regionais, partidos regionais e quase nada nacional. Duas instituições ainda os vão unindo: o Rei e a selecção de futebol. Só que o Rei tem cada vez menos importância e começa a ser contestado e a equipa de futebol começa a ser um problema porque, só podendo jogar 11 de cada vez, é difícil assegurar a paridade linguística.Ontem houve eleições locais na Bélgica. Como se esperava, a extrema-direita aumentou a votação um pouco por todo o lado na Flandres. Só não conquistou Câmaras porque os outros partidos formaram coligações a que chamam “cordão sanitário”. A extrema-direita belga não é só fascista e xenófoba, é também separatista. Não se sabe por quanto tempo o “cordão sanitário” vai aguentar. Os problemas continuam todos lá e entre histórias de corrupção, manobras politicas e rivalidades regionais, os eleitores vão deslizando para a extrema-direita e, a continuar assim, nas legislativas do próximo ano não há cordão que lhes valha. Isto poderá significar que o próximo País a entrar na UE não será a Croácia ou a Turquia ou até a Ucrânia mas a Bélgica vezes dois. Será, então, interessante ver como é que a UE vai lidar com o assunto e, sobretudo, o que vai fazer com uma Flandres governada pela extrema-direita.Ainda não chegámos lá mas também já estivemos mais longe.Vejamos contudo as coisas pelo lado positivo: pode ser que a selecção portuguesa de futebol possa ter que enfrentar duas selecções fraquinhas em vez de uma mediana.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Olá, pessoal! Meu blog ficou tanto tempo abandonado, não vai ser fácil limpar a poeira acumulada...mas já volto. Abraços.
PS: Quanto ao artigo de Emir Sader devo dizer que eu tampouco gostei do artigo dele, o que é estranho não é o artigo, é a sentença. Continuo achando estranha, me desculpem. Por muito menos que isso a Veja e cia saem gritando 'Censura!' 'Censura!' Ok, o artigo de Saber é uma lástima, uma pobreza, interpretou com quis a palavra 'raça', concordo com tudo isso, mas não há nada ali que não tenhamos lido em outros lugares, na coluna daquele cara da Veja que já não leio faz tempo e nunca vi um tal escândalo, ou melhor, uma tal sentença. Honestamente lembra maccartismo.
.....
A jovem Marguerite Duras e a verdade sobre seu amante e Morte em Veneza no RoseLivros.
domingo, 5 de novembro de 2006
Old Boy
Old Boy é um desses filmes cheio de surpresas, em que é melhor ficar muito atento aos detalhes, o próprio diretor Park Chan-Wook disse que fez um filme para ser visto e revisto. Isso não significa, claro, que não é possível compreender o filme numa vez. é um filme intrigante, com cenas ora bonitas ora muito estranhas, dessas que ficam na nossa cabeça. Ele recebeu o Grand Prix em Cannes em 2004 quando Tarantino presidiu o Juri.
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
“Relações Perigosas” é um verdadeiro tratado de maquiavelismo pessoal e social. Os personagens principais, o Visconde de Valmont e sua amiga/amante/adversária Marquesa de Merteuil possuem um único propósito na vida: brincar com os sentimentos, a vida e os destinos das pessoas que, por azar, estejam sendo alvo dos seus interesses.”
domingo, 29 de outubro de 2006
Ana Cristina César (1952-1983)
Um Beijo
que tivesse um blue.
Isto é
imitasse feliz a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente no reino expresso
do prazer.
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor embevecido
talvez ensurdecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta" diria meu amor
Ana Cristina César, morreu no dia 29 de outubro de 1983.
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Enfim
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Milton Hatoum no Rosebud
Uma novela exemplar
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Atlanta - Stone Mountain
Mais fotos minhas em Diletante
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Madame Pommery no Rose
Madame Pommery, de Hilário Tácito
Continua no Rosebud por Daniel Faria.
domingo, 15 de outubro de 2006
Oscar Wilde
Num dia 15 de outubro, em Dublin, nascia Oscar Wilde. A biografia dele é mais conhecida que a obra. Eu gosto da obra e da biografia, ou seja, da pessoa inteligente, bonita e extravagante que ele foi e é lamentável que a literatura tenha perdido tanto por causa do preconceito. Uma das cartas mais lindas que eu já li foi De Profundis, Oscar Wilde a escreveu da prisão ao rapaz responsável por ele se encontrar ali. O seu livro mais conhecido é, sem dúvida, O retrato de Dorian Gray.
sábado, 14 de outubro de 2006
Meu último conto - Anjos de Prata
Estou aqui de mãos vazias, Ida. Escute este desconhecido antes de mandá-lo de volta para o lugar de onde veio. Sou um homem triste e sombrio, mas não sou perigoso, observe o meu perfil e escute. Ida, você não é santa, eu te fiz assim, estou te fazendo assim. Venha à luz, por deus, pelo diabo que seja, não quero me revelar não, Ida, não tenha medo. Hoje você foi a escolhida, será esculpida a cinzel ou desenhada a crayon. Culpas tenho muitas e de nada me servem. Minto, serve-me, é assim que crio, por causa dela e com ela. É assim que te concebo, Ida. Daqui a pouco você estará pronta, paciência com o pobre Lúcio, molde-se, apareça, evolua. Vou à cozinha, tomarei um copo d´água. Ou dois, tudo dependerá da minha garganta, e quando eu voltar estarei pronto para você e espero que esteja pronta para mim. Sentarei de novo aqui nesta mesma cadeira e esperarei que meus dedos deslizem ágeis, que você me procure antes de eu procurá-la, que você se construa espontaneamente. Eu, Lúcio, estou cansado, Ida, já lhe dei um nome, a feição não importa muito. Se eu morresse agora, se eu morresse a caminho da cozinha, antes do copo d´água? Eu te amo tanto, Ida. Você nem está pronta e eu já te amo, porque preciso de você com um futuro, um passado, com suas veias e suas vias. Sou tão só, dependo tanto de você neste momento. Eu vou, então à cozinha....
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Parabéns, Vera!
A minha querida amiga Vera ganhou o prêmio Cidade de Manaus na modalidade Conto. Muito, muito bom. Parabéns para ela!
Confiram aqui:
2. PRÊMIO ARTUR ENGRÁCIO: CONTO
Comissão julgadora:
I. Profº. Carlos Antônio Magalhães Guedelha (ESBAM)
II. Profº. Gabriel Arcanjo Santos de Albuquerque (UFAM)
III. Profª. Maria Sebastiana de Morais Guedes (UFAM)
Obra vencedora: HISTÓRIAS DO RIO NEGRO
VERA DO VAL DE PAULA E SILVA GROBE
PSEUDÔNIMO: INQUIETA
MANAUS - AM
domingo, 8 de outubro de 2006
Um domingo indefinido
Até agora não sei se vai chover, se vai ter sol, se vou ao parque, se vejo um filme...Em Curitiba o tempo é maluco. Os curitibanos mesmo dizem que é possível ter 4 estações em um só dia.
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
O Maior Amor do Mundo
Vi, há algumas semanas o último filme de Carlos Diegues, O MAIOR AMOR DO MUNDO. Eu não sabia muito do filme, meu sobrinho me disse que era bom e eu estava com vontade de ver um filme brasileiro, lá fui....A única coisa que eu sabia era que tinha o José Wilker no filme, eu gosto dele. Ele faz um astrofísico que tem muita dificuldade em se relacionar com as pessoas (não escolheu as estrelas por acaso), viveu por muitos anos nos Estados Unidos e volta ao Brasil para receber uma homenagem, esta vinda coincide com o momento da descoberta de que tem um tumor e logo vai morrer, um momento de confusão, quer ‘descobrir’ o passado, ‘redescobrir’, quer ‘sentir’, nem sabe o que quer do pouco tempo que lhe resta, mas quer. É engraçado vê-lo carregando um daqueles frascos de gel para lavar ou ‘desinfetar’ as mãos quando não é possível lavá-las,....ri muito[A1]. E termina num monte de lixo, deixando a frescura de lado. O pai do astrofísico é um velho rabugento, ranzinza mesmo que a cada aniversário do filho (adotivo, em princípio) faz questão de lembrá-lo que ele nasceu no dia em que o Brasil perdia uma copa do mundo. O filho vai visitar este pai, um maestro respeitado, quando volta ao Brasil, diz ao velho que vai morrer e a resposta do ranzinza é ‘todos vamos morrer’, o filho explica melhor a situação e mostra o resultado do exame que atesta que tem o tumor e que lhe restam poucos dias de vida, o velho olha para o papel e responde: ‘Está em inglês!’. Horrível, a única coisa que comove o velho é a lembrança do seu amor do passado, não a sua esposa, mas a linda menina que um dia apareceu em sua casa. Essa moça do passado do pai é mãe do astrofísico, a que morreu no dia em que o Brasil perdia a copa, por isso mesmo, por causa do futebol, não havia ninguém para socorrê-la. E o astrofísico vai dando uma de Sherlock Holmes nos seus últimos dias, vai juntando peças do quebra-cabeças que é a sua vida, rápido, tem que ser rápido...O pai rabugento dá-lhe uma fotografia e algumas poucas pistas. O interessante da fotografia que o maestro conserva, não é a foto em si, mas a lembrança que ele guarda dela. O amor da sua vida não está ali na foto, mas estava detrás da máquina, ela tirou a foto dele, da esposa dele e da empregada.
[A1]Eu também carregava aquilo e ainda tenho para quando viajo, mas tenho ‘relaxado’, em Cingapura muita gente, minhas amigas japonesas sobretudo, carregavam esse gel. Esse gel e uma toalhinha, sombrinha, meia.....tudo o que a gente precisasse saía da bolsa mágica delas. Incrível a bolsa de uma japonesa.
terça-feira, 3 de outubro de 2006
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Quê?
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Marie Trintignant e Colette
Esses dias vi na tv partes da série « Colette, une femme libre », uma mini-série baseada na vida da famosa escritora. O último papel da atriz francesa Marie Trintignant foi, justamente, neste filme realizado por Nadine Trintignant, sua mãe. Era comum ver a família Trintignant trabalhando junta, o pai de Marie, Jean-Louis, também é ator e seu irmão estava trabalhando neste mesmo filme quando Marie foi assassinada três dias antes de terminarem a filmagem.
No dia 27 de julho de 2003, Bertrand Cantat, à época namorado de Marie, agrediu-a fisicamenete durante uma discussão, os golpes foram fatais, ela ficou em coma e morreu três dias depois. Aparentemente o desentendimento começou por causa de mensagens (sms) que Marie vinha trocando com o ex-marido e pai de seus filhos. Bertrand Cantat era o líder de um dos grupos de rock mais famosos da França, o Noir Désir. Esse assassinato foi um tremendo golpe, não poderia deixar de ser, para a família de Marie, até eu quase chorei ao ouvir o discurso do pai dela durante o enterro, sem sensacionalismos, era sincero mesmo. Mas não foi um golpe só para a família, os fãs de B. Cantat também levaram um tremendo choque, ele era não só o líder de um grupo de rock mas uma figura respeitada, engajada em movimentos sociais, contra a extrema direita etc....enfim, foi um estrago. Ele está na prisão e espero que fique por muitos e muitos anos, mas não sei se vai ser assim. Ele cometeu o crime na Lituânia, era lá que Marie e a família estava trabalhando no filme e lá ele foi julgado, de acordo com as leis do país ele foi condenado a oito anos de prisão. Só isso.
Lembro-me que nos dias em que isso aconteceu eu estava em Bruxelas e fui ao apartamento de Madame de Vish, nossa vizinha, pedir uma informação qualquer (sabe aquelas portas em que a gente bate sempre?) vi na mesa dela uma revista com fotos de Marie Trintignant e comecei a folhear. Madame de Vish me disse: "Que coisa triste, viu? Uma mulher bonita, nova.....mas também esse povo é tudo maluco, vive drogado, uma mulher com filhos, devia ter tido mais juizo." Tem condição? Mas era difícil convencer Mme de Vish de qualquer coisa....
O último filme que vi com Marie Trintignant, no cinema, foi Janis et John, uma comédia onde ela interpreta uma dona de casa resignada que, por causa de alguns negócios ‘mal feitos’ de seu marido se vê transformada em Janis Joplin. Eu adorei vê-la interpretando Janis. Quando o filme saiu, em 2003, ela já estava morta e eu, como muita gente, tinha perdido a capacidade de julgamento, só estava contente em vê-la na tela. Neste filme ela trabalhou com o pai, Jean-Louis Trintignant.
Colette
Na foto a escritora francesa Colette, autora de Gigi, La Maison de Claudine, etc. O primeiro marido de Colette era escritor, quando bateu os olhos nos escritos da jovem e provinciana esposa, percebeu logo que ali tinha potencial e publicou os livros no seu próprio nome. Felizmente ela percebeu a tramóia e retomou os direitos.
Hilda Hilst no Rose Livros
terça-feira, 26 de setembro de 2006
domingo, 24 de setembro de 2006
sábado, 23 de setembro de 2006
Pesadelo
Essa noite tive um pesadelo, sonhei que tinha que fazer uma prova de matemática. Foi horrível, eu sofria muito, não entendia nada e era preciso dar as respostas, eu mal reconhecia aquilo com prova de matemática. Uma agonia. Acho que tive esse sonho porque uma das aulas do curso de espanhol estava contando que seu pai fez de tudo para que ela aprendesse inglês, desde pequena, passou por todos os cursos sem nunca conseguir se comunicar na língua, como se tivesse um distúrbio. Disse, então, que resolveu tentar o espanhol e que até mesmo em espanhol ela é ruim.....decerto eu transferi isso para a matemática. Será possível? Mas eu não tinha tanto horror assim à matemática na escola, só não me interessava tanto. Cruzes, que foi um pesadelo foi.
Imagem: Scream, Edvard Munch ..................
Elizabeth Bishop no Rose Livros por Marcelo Coelho.
"Acaba de ser publicado em Nova York um livro com mais de 350 páginas com todos os inéditos de Elizabeth Bishop, incluindo trinta ou quarenta esboços de poemas escritos no Brasil. Ela viveu por mais de vinte anos em nosso país, de 1951 até o começo da década de 70."
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
Os Olhos Verdes no RoseLivros
Marguerite Duras
[Texto meu no RoseLivros]
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Fim de semana
Este fim de semana fui para Florianópolis e choveu. Choveu e fez frio. Eu não me importo muito, até gosto de ficar olhando para o mar com o tempo que todo mundo chama de ‘ruim’, gosto do lugar vazio, sem barulho, sem música chata. É muito bom. O problema é que estávamos acompanhando dois italianos que visitavam o Brasil pela primeira vez, mas eu expliquei bem: Ainda é inverno! Quisessem sol que fossem para o nordeste.
Enfim, foi bom para mim e não foi tão bom para eles. Felizmente italiano é animado (claro que não serve para todo mundo, nunca serve) e sempre se diverte nem que seja fazendo piada com a própria situação. Se eu estivesse com minha amiga alemã ia ser um deus nos acuda, ia ter que ouvir até minha orelha ficar quente.
Ontem de manhã, logo depois do café, eu saía da pousada distraída (por demais distraída) lendo um panfleto que tinha encontrado em cima do balcão, não olhei para a frente e meti a cara na porta de vidro, fiquei tonta e sem entender por uns segundos, aquela sensação estranha, onde, quando, como, que isso, quem foi? Um senhor chileno, dono da pousada, veio correndo, me abraçou, passava a mão na minha cabeça e dizia: ‘Desculllpa, descullpa’ e eu morrendo de vergonha. Desculpa pelo quê, pela minha burrice, por ter colocado uma porta bem na entrada da pousada? Eu só dizia: ‘Não foi nada’ enquanto meu lábio sangrava, é verdade, foi uma esbarrão e tanto. Às vezes eu ganho do Mister Bean! Mas nem tive dor de cabeça depois, já estava esperando por uma, só mesmo o inevitável dolorido na testa e os lábios mais sexy por um dia ou dois. Mas foi um incidente pequeno, não deu para estragar o fim de semana.
Briteiros
Pelo menos dez jornalistas do Estado da Flórida receberam pagamentos regulares do governo americano para fazerem reportagens contra o regime cubano de Fidel Castro, publicou ontem o jornal Miami Herald.
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
Meu conto da Anjos de Prata
O animal jazia ali. Fedido, coitado, umas moscas a sobrevoá-lo. Morto e desenterrado, atravessado no meu caminho. Olho para ele enojada, com pena do seu fim, uma pena que se estende a todos os fins, ao meu também. Um pobre animal de patas estiradas, teso, daqui a pouco será só ossos. Ossos podem durar uma eternidade. E o que é ‘uma eternidade’? Um animal, um sustantivo se decompondo, transformando-se até não ser mais, até outra coisa. Ossos. A metamorfose não levará mais que algumas semanas. Terá morrido de velhice ou de picada de cobra? De fome não foi, ninguém morre de fome aqui. Minha irmã me alcança. Ai, que nojo! Tampa o nariz e vira o rosto. Ordena com voz fanhosa, vamos por aquele caminho.
Eu vou e o animal fica às moscas.
domingo, 10 de setembro de 2006
The L Word
Eu gostei da série, embora no final (que não é final ainda) já estivesse ficando bem ‘novela’ mesmo, quer dizer, dá a impressão de que começam a puxar dali e daqui, alongar porque está agradando, começa a ficar forçado. De todo modo, eu acho que é positivo para a sociedade mostrar a vida de um grupo de lésbicas, mesmo sabendo que ali é meio artificial, há a vantagem de se ver os problemas de família, a vontade de algumas de terem filhos, o ‘sair do armário’, as festas, as curiosidades dos outros.
Lembrei-me de uma história de alguns meses atrás, quando aconteceu aquele episódio na USP, um guarda destratou duas meninas porque estavam se beijando ou sei lá o quê. Falou-se muito disso nos dias. Então, eu estava almoçando na casa de uma amiga, o pai dela que já está bem velho, contou-nos que tinha ouvido na televisão que os policiais de São Paulo iam ter que fazer um curso para ‘aprenderem a serem gays’ (!?)....Bem, na verdade, discutia-se que eles iam passar por um curso para aprenderem a lidar e respeitar a diferença.
Enfim, não sei nada sobre a repercussão da série no Brasil, não ouvi falar muito, não sei se divulgaram bem ou se é porque eu sou meio por fora do que se passa na tv... é interessante a novela, sobretudo se a warner channel parar de cortar cenas.
Achei esse blog sobre a série e tem também informações na wikipedia.
sábado, 9 de setembro de 2006
Merdeka day
Esse feriado de 7 de setembro me fez lembrar do MERDEKA DAY ou Hari Merdeka...o dia da independência da Malásia. Eu achava engraçado ver as faixas festejando o tal dia. E se pronuncia tal qual escreve. Para nós, brasileiros, a língua dos malaios e indonésios não é difícil de aprender. Não que eu tenha aprendido, só aquela coisa básica, ou seja, comida, claro. Susu, por exemplo é leite e nunca vou me esquecer porque eu achava bonitinho, bem infantil. Outra palavra que eu achava bonita era KELUAR que significa saída em bahasa malaio (o nome da língua).
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Mishima e João Ubaldo Ribeiro no RoseLivros
Publiquei texto sobre Sede de Amor, de Mishima na RoseLivros. Ele já foi publicado aqui mas eu dei uma caprichadinha nele.
FOTO: Kishin Shinoyama, Yukio Mishima em pose de São Sebastião, 1968
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O feitiço da ilha do Pavão de João Ubaldo Ribeiro por Vera do Val em 04/09/2006.
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Me enfiaram o superman pela goela abaixo
domingo, 3 de setembro de 2006
Xô!
Essa é só para engrossar o coro, todo mundo deve ter ouvido falar deste ato de censura de Sarney, li no blog da Denise Arcoverde, agora no do Manoel Carlos que conseguiram retirar do ar o blog da jornalista Alcinéa por causa da publicação desta charge. Xô, censura e Sarney!