À sombra de uma amoreira
Era uma vez um homem rico que vivia numa enorme mansão, ao lado da estrada. Atrás da casa havia uma majestuosa amoreira. Durante os dias quentes de verão ele costumava ir sentar-se à sombra dela para apanhar o fresco que ali se fazia sentir.
Um belo dia, um pobre coitado foi deitar-se à sombra da árvore e o homem rico, assim que o viu pôs-se a gritar:
_ Hei, tu! Não podes deitar aí! Vá! Vai-te embora! Desaparece!
_ Vou-me embora, por quê? Estou bem aqui. _retrucou o outro.
_ Essa árvore_ explicou o rico _ fui eu quem a plantou e eu quem a tenho regado. Por ter tratado dela é que agora ela está assim tão grande, e por isso a sombra dela é minha.
_ Se assim é, cede-me a tua sombra que eu pago-te bom dinheiro por ela.
A palavra “dinheiro” ressoou como uma bela melodia nos ouvidos do homem rico.
_ Hã! Assim está bem! respondeu.Assim cedo-te a minha sombra.
Após três ou quatro encontros, feitos por meio de intermediários, concordaram com o valor a pagar e firmaram o negócio.
Desde então aquele pobre vinha, todos os dias, deitar-se à sombra da árvore. Quando a sombra se estendia para o pátio da casa do rico, ele ia deitar-se ali; quando ela entrava para a cozinha, era para lá que ele ia; quando penetrava pelo salão adentro, até mesmo para ali ele ia deitar-se. Em resumo, para onde quer que a sombra se estendesse, ele seguia-a sempre. Por vezes estava sozinho, mas outras vezes convidava os amigos para virem apanhar o frescor debaixo daquela que era a sua sombra e chegavam a trazer consigo os seus burros e outros animais.
O rico estava a perder a paciência e, um dia, explodiu a sua fúria:
- Mas que é isto? Quem é que te deu ordem de vir para o meu pátio, de entrar na cozinha da minha casa ou no meu salão? Proíbo-te que volte a pôr os pés aqui.
- Então, mas eu não te comprei a sombra da amoreira?_ respondeu ele._ Ora, como ela me pertence, ninguém me pode impedir de vir repousar onde quer que ela esteja.
Tal resposta fez aumentar ainda mais a raiva do homem rico, mas a verdade e que ele não podia fazer nada.
Um dia o senhor tinha visitas em casa. Ora, nesse mesmo dia o dono da sombra entrou pela casa adentro com ar de muito à vontade e deitou-se no chão sem se importar com os convidados que ali estavam. Tudo isto lhes pareceu muito estranho e, quando souberam da historia da venda da sombra, desataram a rir escancaradamente.
Isto já era demais para o homem rico! Ele não podia viver ali por mais tempo e por isso mudou-se para outra aldeia.
E assim aquele “Zé-ninguém” tornou-se o propietário da mansão e, no lugar onde o rico guardava o seu cavalo, ele punha agora o seu burro.
A partir de então, nunca mais ninguém foi admoestado pelo fato de vir deitar à sombra da amoreira.
......................................
Conto chines
Era uma vez um homem rico que vivia numa enorme mansão, ao lado da estrada. Atrás da casa havia uma majestuosa amoreira. Durante os dias quentes de verão ele costumava ir sentar-se à sombra dela para apanhar o fresco que ali se fazia sentir.
Um belo dia, um pobre coitado foi deitar-se à sombra da árvore e o homem rico, assim que o viu pôs-se a gritar:
_ Hei, tu! Não podes deitar aí! Vá! Vai-te embora! Desaparece!
_ Vou-me embora, por quê? Estou bem aqui. _retrucou o outro.
_ Essa árvore_ explicou o rico _ fui eu quem a plantou e eu quem a tenho regado. Por ter tratado dela é que agora ela está assim tão grande, e por isso a sombra dela é minha.
_ Se assim é, cede-me a tua sombra que eu pago-te bom dinheiro por ela.
A palavra “dinheiro” ressoou como uma bela melodia nos ouvidos do homem rico.
_ Hã! Assim está bem! respondeu.Assim cedo-te a minha sombra.
Após três ou quatro encontros, feitos por meio de intermediários, concordaram com o valor a pagar e firmaram o negócio.
Desde então aquele pobre vinha, todos os dias, deitar-se à sombra da árvore. Quando a sombra se estendia para o pátio da casa do rico, ele ia deitar-se ali; quando ela entrava para a cozinha, era para lá que ele ia; quando penetrava pelo salão adentro, até mesmo para ali ele ia deitar-se. Em resumo, para onde quer que a sombra se estendesse, ele seguia-a sempre. Por vezes estava sozinho, mas outras vezes convidava os amigos para virem apanhar o frescor debaixo daquela que era a sua sombra e chegavam a trazer consigo os seus burros e outros animais.
O rico estava a perder a paciência e, um dia, explodiu a sua fúria:
- Mas que é isto? Quem é que te deu ordem de vir para o meu pátio, de entrar na cozinha da minha casa ou no meu salão? Proíbo-te que volte a pôr os pés aqui.
- Então, mas eu não te comprei a sombra da amoreira?_ respondeu ele._ Ora, como ela me pertence, ninguém me pode impedir de vir repousar onde quer que ela esteja.
Tal resposta fez aumentar ainda mais a raiva do homem rico, mas a verdade e que ele não podia fazer nada.
Um dia o senhor tinha visitas em casa. Ora, nesse mesmo dia o dono da sombra entrou pela casa adentro com ar de muito à vontade e deitou-se no chão sem se importar com os convidados que ali estavam. Tudo isto lhes pareceu muito estranho e, quando souberam da historia da venda da sombra, desataram a rir escancaradamente.
Isto já era demais para o homem rico! Ele não podia viver ali por mais tempo e por isso mudou-se para outra aldeia.
E assim aquele “Zé-ninguém” tornou-se o propietário da mansão e, no lugar onde o rico guardava o seu cavalo, ele punha agora o seu burro.
A partir de então, nunca mais ninguém foi admoestado pelo fato de vir deitar à sombra da amoreira.
......................................
Conto chines