Noite morta
           
            
             Noite morta.
             Junto ao poste de iluminação
             Os sapos engolem mosquitos.
             
             
             Ninguém passa na estrada.
             Nem um bêbado.
             
             
             No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
             Sombras de todos os que passaram.
             Os que ainda vivem e os que já morreram.
             
             
             O córrego chora.
             A voz da noite . . .
             
             
             (Não desta noite, mas de outra maior.)
             
             Manuel Bandeira
             Petrópolis, 1921
2 comentários:
Oi, o blog hoje está cheio de novidades. Passe por lá.
Abracos
Emocionante!
Boa semana!
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