sexta-feira, 21 de outubro de 2005

No ônibus





Era uma menininha linda,
de mais ou
menos cinco anos,
acompanhada
da mãe.

_ Manhê, olha aquele homem lá, ele não tem perna!

_ Ahn?

_ Aquele lá ó mãe, tá vendo a perna dele, pois então, ele não tem, só tem uma.

_ É filhinha, é como o Fulano, lembra? Ele não tem braço.

_ Hum hum

_ Sabe, ele quase perdeu também as duas pernas, só que Deus foi tão bom que curou as pernas dele, aí ele perdeu só o braço.

_ Mãe! Então por que Deus não curou o braço dele também?

_ ???

[Aqui, mãe com cara de tacho tentando arrumar uma explicação para o inexplicável]

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Leila Silva

Anjos de Prata

5 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Então, entrou na sala de espera uma mulher que tinha um buço negro e enorme. A criancinha arregalou os olhos, chamou a atenção da mãe e, no instante em que ia apontar para aquele exotismo, foi repeendida num sussurro: "Fique quieta!". Durante quase meia hora, a menininha ficou de olhos esbugalhados, inquieta, tentando dizer à mãe o motivo de sua admiração. Mas a criança não entendia a atitute às vezes indiferente, outras vezes, raivosa. Finalmente a mulher do buço enorme e negro levantou-se do banco e, quando já ia saindo, a menininha escapou das mãos da mãe, correu até o meio da sala repleta de pessoas e gritou: "Mãe, aquela mulher tem bigode!". Deus sabe a vergonha da mãe.

Anônimo disse...

Oi Leila, que perguntinha difícil! Eu também não saberia o que dizer.
A foto da menina está uma graça! Beijoca.

Allan Robert P. J. disse...

Criança tem cada uma...
Quem é a meniniha bonitinha da foto?

Anônimo disse...

Que menininha mais bonitinha! E a foto com a máquina de moer carne converge com o tema do texto, sobre perder braços ou pernas... Show!